Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 108

Os seguranças avançaram, cercando Karina, e dois deles se prepararam para agir.

— Não me toquem! — Karina gritou, segurando o braço ferido, se levantando com dificuldade.

— Você não vai fugir! — Nadia se colocou à frente dela, dizendo friamente. — Você agrediu uma pessoa, e as câmeras de segurança capturaram tudo com clareza. Já chamamos a polícia!

Se esperava que Karina ficasse apavorada, mas, surpreendentemente, ela não demonstrou nenhuma reação.

Com um leve sorriso nos lábios, Karina respondeu:

— É mesmo? Tudo bem, então vou esperar a polícia chegar aqui.

E, dizendo isso, se sentou calmamente em uma cadeira, completamente serena.

Nadia ficou atônita.

"Ela... Será que enlouqueceu de verdade? Não tem medo?"

...

Vitória foi levada ao hospital mais próximo.

— Não é nada grave. — Disse o médico, balançando a cabeça. — Há um pouco de inchaço na garganta, o que pode afetar a fala por alguns dias. Aplique um medicamento e evite falar por enquanto.

Ademir assentiu, seguindo para o quarto onde Vitória descansava.

Ela estava dormindo, com o pescoço envolto em ataduras.

Ademir franziu a testa.

"Que tipo de ódio existe entre a Karina e a Vitória?"

Seria apenas porque uma era sua esposa no papel, e a outra era a mulher com quem ele havia prometido se casar?

No entanto, essa situação não era tão simples assim.

Com certeza havia algo mais entre elas que Ademir desconhecia.

Seu telefone tocou; era Júlio ligando.

Ademir saiu do quarto para atender:

— Ademir, temos um problema. Nadia chamou a polícia e a Karina foi levada!

...

Ademir chegou à delegacia e encontrou Wilma Cunha.

Sem paciência, ele foi direto ao ponto:

— Retire imediatamente a acusação contra a Karina.

— Por quê? — Wilma perguntou, confusa. — Você sempre foi tão protetor com a Vitória. Hoje ela sofreu uma humilhação tão grande, e você quer simplesmente deixar a Karina impune?

Ademir lançou um olhar frio para ela, dizendo:

— E daí?

"E daí?"

Wilma ficou perplexa e, extremamente irritada, respondeu:

— Sr. Ademir, você é o namorado da Vitória!

— E daí? — Ademir repetiu, questionando ela novamente, deixando Wilma sem palavras.

Ela simplesmente não sabia como reagir.

Ademir não sentia a menor vontade de explicar.

Nesse momento, Júlio chegou, acompanhado de Estêvão Campos. Ele havia ido conversar com os policiais para solicitar uma visita a Karina.

— Ademir. — Disse Júlio, balançando a cabeça com um suspiro. — A Karina não quer ver ninguém.

"Será que Karina não queria ver ninguém, ou simplesmente não queria vê-lo?"

Ademir estava perdido. Como Karina podia agir assim, mesmo numa situação tão tensa?

Sentindo a pressão do momento, Estêvão perguntou a Wilma:

— Já retiraram a acusação?

Wilma balançou a cabeça, ressentida, e disse:

— Eu não tenho o poder de retirar a acusação. Já informei os pais da Vitória sobre a situação. Se a acusação será retirada ou não, dependerá deles.

Os problemas da família Costa eram segredos familiares, e se esses segredos viessem à tona, a sociedade não os perdoaria.

Além disso, Vitória era uma celebridade. Ela seria a mais afetada pelas críticas públicas.

Vitória, que ainda estava destinada a se casar com Ademir, não podia permitir que nenhum escândalo manchasse sua reputação.

Eunice segurava o telefone com as mãos tremendo e disse:

— Eu entendi. Vou retirar a acusação.

Depois de desligar, ela lançou um olhar furioso para Vitória e deu uma cutucada firme em sua testa:

— Que inútil! O Sr. Ademir está protegendo a Karina desse jeito... Eu aposto que ele está apaixonado por ela!

Vitória, incapaz de falar devido à dor na garganta, ficou com os olhos cheios de lágrimas, se sentindo humilhada e cheia de rancor.

— Só sabe chorar! De que adianta chorar? — Eunice, irritada, não escondia sua frustração. — Isso não pode continuar assim! Precisamos pensar em uma maneira de trazer o coração do Sr. Ademir de volta!

Mas... Que solução poderiam encontrar?

...

Foi só à noite que Eunice finalmente retirou a acusação.

Quando Estêvão terminou os trâmites, a polícia foi liberar Karina. Já era nove horas da noite.

— Sr. Ademir. — Disse Estêvão, entregando uma sacola a ele. — Estes são os pertences de Karina. A polícia os havia recolhido temporariamente, então trouxe para o senhor.

— Certo. — Ademir assentiu, intrigado com o tamanho da sacola.

A curiosidade o venceu, e ele abriu um pouco a sacola para dar uma olhada. Para sua surpresa, eram cartas.

Em pleno século XXI, cartas eram raridades.

Ademir pegou uma delas. No envelope, estava claramente escrito: [Para: Karina].

Remetente: [Túlio].

E logo após o nome, havia desenhado uma pequena nuvem!

Então eram cartas de amor.

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