Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 1319

A ideia de Karina se casar com outro homem era algo que Ademir jamais conseguia aceitar com indiferença, em momento algum.

Porém, ele já havia parado de se forçar a isso.

...

Logo após o casamento, Filipe e Patrícia deixaram a Cidade J naquela mesma noite, partindo em direção à sua sonhada lua de mel.

Ademir e Karina, sendo padrinho e madrinha, beberam bastante.

Apesar de a família de Filipe ter sido muito atenciosa, preparando tudo com antecedência, trocaram pelo tipo errado de bebida. Deram remédios a eles e ainda assim...

Na saída da cerimônia, Ademir não parecia tão mal. Apenas sentia um leve desconforto no estômago, mas, fora isso, estava como qualquer outra pessoa.

Karina, por outro lado, estava visivelmente pior do que ele. Caminhava com dificuldade, os passos instáveis.

— Karina. — Túlio se aproximou para ampará-la.

Ele também havia comparecido à cerimônia. Como convidado do noivo e colega da noiva, sua presença era praticamente obrigatória.

Assim que ele apareceu, a mão que Ademir havia estendido discretamente se recolheu no mesmo instante.

Túlio notou o gesto, mas não disse nada.

— A Karina bebeu demais, nós já vamos indo.

Quanto à Joyce, por ser uma criança pequena, não podia ficar acordada até tão tarde. Nicole já havia levado ela para casa há horas.

— Tudo bem...

— Ademir...

O que parecia ser uma despedida breve, com algumas palavras trocadas antes de seguirem seus caminhos, tomou um rumo inesperado.

Júlio surgiu correndo, com o rosto marcado por urgência e inquietação:

— Ademir, deu ruim...

A expressão de Ademir imediatamente se fechou, a testa franzida.

Diante daquela cena, o efeito do álcool em Karina pareceu se dissipar um pouco.

Ela conhecia Júlio o suficiente para saber que ele quase nunca perdia o controle. Se estava tão alarmado, certamente era algo sério.

Ela permaneceu onde estava, sem se apressar em ir embora.

— O que aconteceu?

Júlio, percebendo que havia outras pessoas por perto, se aproximou de Ademir e murmurou algo ao pé do ouvido.

— O quê?

Mesmo Ademir, ao ouvir o relato, não conseguiu esconder a mudança em sua expressão. Seu rosto empalideceu ainda mais.

Karina não se conteve:

No entanto, ele não queria falar. E ela sabia, se ele decidisse se calar, por mais que insistisse, não arrancaria nada.

Só lhe restou conter a avalanche de dúvidas e preocupações no peito:

— Tá bom, então eu vou indo.

— Está bem. — Ademir assentiu com a cabeça.

— Sr. Ademir, até logo. — Disse Túlio, apoiando Karina enquanto se afastavam.

Assim que os dois desapareceram de vista, o semblante de Ademir mudou por completo, se tornando sério e sombrio. Ele olhou para Júlio e disse:

— Vamos.

— Sim, Ademir.

Sem perder tempo, seguiram direto para o Grupo Barbosa.

No caminho, Ademir manuseava o tablet com inquietação e perguntou, ansioso:

— Quantas pessoas pediram demissão até agora?

— O tempo foi muito curto, ainda não temos um número exato. — A expressão de Júlio também não era nada boa. — Mas, olhando por cima em alguns departamentos... Tirando os líderes e o pessoal da limpeza, quase todos os funcionários entregaram as cartas de demissão.

Ademir soltou uma risada fria, balançando o braço com força e atirando o tablet para o lado.

“Arthur, você é mesmo muito habilidoso... Conseguiu bolar um plano desses. Passou dois meses tomando café no Grupo Barbosa e, no fundo, estava convencendo os funcionários a pedirem demissão?”