Ademir nem sequer lançou um olhar de canto para Arthur e seu filho.
— Esses dois líderes, qualquer benefício que lhes prometeram... Neste momento, eles já não têm mais como cumprir. — Ademir arqueou uma sobrancelha. — Vocês têm certeza de que ainda querem insistir em pedir demissão?
Enquanto falava, tamborilava ritmadamente os dedos sobre a mesa.
Sobre aquela mesa, estavam todas as cartas de demissão deles.
— O que aconteceu?
Assim que a frase foi dita, os funcionários começaram a sussurrar entre si.
Os mais corajosos foram direto perguntar ao Arthur:
— Sr. Arthur, com licença... O que o Sr. Ademir quis dizer com aquilo?
Mas como Arthur poderia saber?
Ele achava que aquilo era só mais uma jogada improvisada de Ademir. Lançou-lhe um olhar de impotência misturado com compaixão:
— Ademir, você acha mesmo que, falando desse jeito, eles vão acreditar?
Afinal, Arthur tinha o respaldo da Gangue Haaz.
Ademir curvou os lábios num sorriso irônico e, enfim, desviou o olhar para encará-lo diretamente:
— É mesmo? Então por que não liga para os seus apoiadores e pergunta?
Ao ouvir isso, o rosto de Arthur empalideceu.
“Será que o Ademir já descobriu toda a verdade? Faz pouco mais de um dia... E ele já conseguiu investigar tudo?”
Mas e daí? Mesmo que tivesse descoberto sobre a Gangue Haaz, eles tinham um acordo firmado. A família Barbosa não conhecia ninguém no País G... Como poderiam realmente resolver esse tipo de problema?
O que ninguém esperava era que o problema tivesse, de fato, sido resolvido.
Ademir não disse mais nada. Apenas o encarava em silêncio, como se estivesse aguardando por algo. E então, o celular de Arthur começou a tocar.
Como se já esperasse por isso, Ademir curvou os lábios e o incentivou com um gesto:
— Atenda.
Naquele instante, o coração de Arthur disparou. Ao olhar o visor do telefone, quase entrou em colapso.
Era a Gangue Haaz.
— Por favor. — Ademir insistiu com voz firme. — Um telefonema tão importante... Acho que todos aqui gostariam muito que o Sr. Arthur atendesse.
Ademir lançou um olhar ao redor da sala e perguntou:
— Todos concordam?
— Sim, atenda logo esse telefone.
— Sr. Arthur, diga alguma coisa!
Enquanto isso, Ademir se recostou calmamente na cadeira e Júlio se aproximou com uma xícara de chá:
— Ademir, tome um chá.
— Obrigado.
Ademir aceitou a xícara. Naquele momento, se sentia verdadeiramente exausto.
A sala de reuniões estava mergulhada no caos, o barulho era ensurdecedor, a ponto de causar dor de cabeça.
— Daqui a pouco, explique tudo a eles. — Disse Ademir, se levantando. — Tudo o que eu disse é verdade. Quem quiser ficar, que venha até aqui, pegue sua carta de demissão de volta e retorne imediatamente ao seu posto de trabalho.
— Está certo, Ademir.
Ele deixou a xícara sobre a mesa e começou a se retirar da sala.
Ao atravessar a multidão agitada, seus olhos pousaram sobre Daniel, que permanecia sentado, completamente alheio à confusão ao redor.
Comparado ao Arthur naquele estado deplorável, Daniel quase parecia elegante.
Ademir franziu o cenho.
“O que está acontecendo? Eles não estavam agindo juntos contra mim, pai e filho lado a lado?”

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...