Desta vez, tudo caiu sobre os cabelos de Ademir, os deixando completamente brancos.
— Sua pestinha! — Ademir sacudiu a neve do cabelo, balançando a cabeça. — Não corra! Dessa vez estou falando sério!
Ademir formou uma grande bola de neve, a segurando com as duas mãos.
— Não! — Gritou Karina, assustada, enquanto ria e implorava. — Por favor, Sr. Ademir, não faça isso, não faça isso!
Ela juntou as mãos em súplica, piscando os olhos com uma expressão inocente.
Naquele instante, Ademir foi completamente cativado. Como ele poderia fazer algo contra ela? Além disso, Karina ainda não estava com a saúde totalmente recuperada.
— Tudo bem. — Ademir arqueou as sobrancelhas. — Vou te perdoar dessa vez.
— Obrigada, obrigada!
Karina esfregou as mãos e soprou nelas para lhes aquecer.
Ademir ficou com o coração apertado. Ele jogou fora a bola de neve que segurava e tomou as mãos de Karina nas suas, tentando lhes aquecer.
— Está com frio? Isso é o que dá ser tão travessa. Não podia ter apenas ficado ali me esperando?
— Sim, está frio.
Os olhos de Karina brilharam com uma ideia. De repente, ela levantou as mãos e as enfiou na gola da roupa de Ademir, pressionando-as contra o pescoço dele.
Na mesma hora, Ademir sentiu um arrepio subir pela espinha, como se tivesse levado um choque de gelo. Ele arregalou os olhos instantaneamente.
Karina riu alto:
— Aqui é bem mais quentinho.
Olhando para o rosto sorridente de Karina, Ademir não conseguia sentir raiva. Afinal, era Karina, e não qualquer outra pessoa.
Ademir apenas suspirou, resignado.
— O que foi? — Karina fez um biquinho, pensando que Ademir estava bravo. — Não quer me deixar aquecer as mãos?
Ela tentou tirar as mãos, mas Ademir segurou seu braço, a impedindo de se mover.
— Não é isso. — Ademir respondeu, segurando firme. — Pode deixar assim, eu fico feliz de aquecer suas mãos.
Ademir baixou a voz, como se falasse consigo mesmo ou talvez com Karina:
— Queria poder aquecer suas mãos para sempre.
Embora ele falasse baixo, Karina ouviu claramente. Seu olhar vacilou por um momento, e o sorriso em seu rosto diminuiu um pouco.
— Certo.
Os dois voltaram para o salão de flores.
As várias paredes de vidro permitiam ver o jardim, onde uma família de bonecos de neve estava reunida. Antes de partir, Ademir havia amarrado seu cachecol em um deles. A peça, em tom camelo, balançava suavemente ao vento, irradiando uma sensação de calor e brilho.
No fogão, a água fervia, soltando vapor com um som constante de "tchuf tchuf".
Ademir descascou uma mexerica e colocou um gomo na boca de Karina.
Karina mastigava a fruta enquanto perguntava sobre a situação na casa principal.
— O Bruno voltou. — Ademir respondeu com sinceridade. — Mas ele ainda não acordou. O problema foi uma overdose de sedativos, mas já está sendo tratado.
Karina franziu a testa ao ouvir, e de repente perguntou:
— E o Daniel? Onde ele está? Há notícias dele?
Ademir ficou surpreso:
— Por que essa pergunta?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Eu vibro, eu choro, eu rio, eu fico perplexa e ainda não posso esperar o fim desta história. Que desenrolar mais cuidadoso!!!!...
Amei a história...
O quanto torço por esse casal não tá escrito!...
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...