Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 17

— Solte, solte já!

Karina estava prestes a chorar de tanta dor. A mão daquele homem a apertava como um alicate.

— O que você está se mexendo à toa?

Ademir não soltou Karina. Ele sabia que o que fez naquela noite estava errado. Porém, algo dentro dele o incomodava profundamente.

Embora sentisse culpa e preocupação, ao vê-la rindo e conversando com um estranho em um carro esportivo, uma raiva incontrolável tomou conta dele.

Ele abriu levemente os lábios, querendo se desculpar:

— Eu...

— Eu não quero falar com você!

Karina, porém, não queria ouvir. Ele a abandonou e ainda estava zangado com ela. Com que direito?

Ela se esforçou para se soltar, mas no momento em que conseguiu, perdeu o equilíbrio, recuando várias vezes, o que fez a dor em seu pé latejar intensamente. Gritou de dor:

— Ah...

A situação deixou Ademir surpreso, e ele franziu a testa:

— O que você está tramando agora?

Karina exclamou com raiva:

— Você é um cego! Não é como se eu estivesse tramando algo para você ver!

Ele pensou que cuidar dela era um desperdício de tempo! Ademir se virou para ir embora, mas ao fazer isso, viu uma mancha vermelha na barra do vestido de Karina.

“É sangue? Ela está machucada?”

— O que aconteceu? — Ademir franziu a testa e se aproximou dela. — Você está machucada? Deixe-me ver...

Com um tapa sonoro, Karina afastou a mão de Ademir. O ar parecia ter ficado pesado.

Ademir semicerrando os olhos, perguntou:

— Karina, você me bateu?

— Não, não foi... — Karina balançou a cabeça desesperadamente, sentindo um profundo arrependimento. Ela só tinha dado um tapa, como isso poderia ser considerado bater nele?

Ela só se lembrava que ele era o namorado de Vitória, e instintivamente reagiu daquela maneira.

Ademir, então, levantou a saia dela, revelando seu pé esquerdo descalço, com a gaze ao redor dele encharcada de sangue. Imediatamente, a expressão de Ademir ficou sombria:

— Como isso aconteceu?

Karina, sem escolha, respondeu honestamente:

— Aquele lugar era muito afastado, difícil de chamar um carro, e o caminho era ruim. Meu sapato ficou preso na lama, então andei descalça...

— Que burrice! — Ademir não conseguiu mais ouvir. — Por que não me ligou?

— Eu liguei. — Karina piscou os olhos, lembrando ele honestamente. — Você desligou na minha cara.

Ademir parou, se lembrando de tudo. Naquele momento, ele só tinha olhos para Vitória, esquecendo completamente de Karina.

Mais uma coisa pela qual ele tinha que se desculpar, Ademir estendeu os braços e a pegou no colo.

— Ah!

Karina soltou um leve grito, surpresa por estar suspensa no ar. O que Ademir estava fazendo? Ele tinha uma namorada!

— Me coloque no chão! Agora mesmo!

O rosto de Ademir escureceu enquanto ela se debatia em seus braços como um polvo. Será que ela o rejeitava tanto assim? Afinal de contas, Ademir ainda era seu marido! Não podia nem tocar nela?

Vendo que Ademir estava começando a ficar irritado novamente, Karina rapidamente disse:

— Eu sei que você está tentando ajudar, mas eu posso andar sozinha.

— Pode andar? — Ademir riu com sarcasmo.

— Hahaha. — Karina deu um sorriso amarelo e explicou seriamente. — Eu só fiquei com as pernas bambas por um momento.

Ademir a colocou no chão, não querendo parecer que gostava de carregá-la.

Karina ficou de pé, firme:

— Viu?

Ademir disse diretamente:

— Entre no carro, vamos para o hospital.

— Não precisa. — Karina negou com a cabeça novamente. — É só um pequeno ferimento, um pouco de desinfetante resolve. O Hospital J é bem perto, eu mesma posso ir.

Ela acenou para ele:

— Está tarde, pode ir.

Karina recusou a ajuda de Ademir, que a olhou com uma expressão sombria.

Ela realmente não aceitava a bondade de Ademir, que mulher ingrata!

Já que era assim, Ademir não se forçaria a ajudá-la. Se virou abruptamente, abriu a porta do carro e foi embora.

Karina suspirou de alívio. Ela não se divorciava de Ademir para irritar a família Costa, mas nada além disso. Nunca tinha a intenção de se aproximar demais de Ademir.

Karina caminhou devagar de volta para o dormitório. Aquele pequeno ferimento no pé não era nada que ela não pudesse cuidar sozinha.

De volta ao dormitório, Karina tomou banho, abriu a caixa de primeiros socorros, tratou do machucado no pé e foi dormir.

Na manhã seguinte, ela foi acordada pelo som do telefone tocando.

Meio sonolenta, Karina atendeu:

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar