Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 298

— Escute...

— Vitória!

Como se soubesse o que a filha ia dizer, Lucas tentou apressadamente impedir.

Vitória olhou para o pai com resignação e disse:

— Pai, as coisas chegaram a esse ponto. Não há outra saída, você também viu. Você foi bom com ela, mas ela não tem gratidão.

Vitória não demonstrou pressa, aguardando calmamente pela decisão de seu pai.

Depois de muito pensar, o desejo de sobreviver ainda era o mais forte.

Lucas fechou os olhos e assentiu.

Vitória esboçou um leve sorriso, olhou para Karina e disse:

— Se você concordar com isso, então aquela casa que meu pai te mostrou será sua. Além disso, nós cobriremos todas as despesas do Catarino. Se você não concordar...

Ela não terminou a frase.

Mas não precisava, pois Karina compreendia perfeitamente.

Se não concordasse, ela não teria nada! E Catarino voltaria à mesma situação de antes, vivendo como um paciente comum com autismo!

O silêncio tomou conta do ambiente, e ninguém disse nada.

— Karina... — Lucas olhou para a filha, com uma expressão extremamente complexa e conflituosa.

Ele levantou a mão, tentando tocar nela.

Karina sorriu levemente e se esquivou do braço que ele estendeu. Sem dizer nada, deu meia-volta e saiu.

— O que isso significa? — Eunice perguntou ansiosa. — Ela foi embora assim? Ela ainda não concorda?

Vitória balançou a cabeça e disse:

— Ela vai concordar.

— Por quê?

Vitória sorriu com serenidade e respondeu:

— A Karina pode sacrificar a si mesma, mas jamais abandonaria o Catarino. Ela nunca desistiria da oportunidade de Catarino no Instituto do País de Gales.

Nesse sentido, Catarino a ajudou. Se não fosse por essa situação, a doação do fígado teria que vir dela.

— Pai, fique tranquilo, ela voltará para nós. Afinal, fora da família Costa, ela não tem onde ganhar dinheiro.

...

Ao sair do Hospital J, Karina não conseguiu mais controlar suas emoções. Com os olhos vermelhos de raiva, gritou:

— Está bem. — Karina se sentou de frente para ele.

— Experimente essas sobremesas. Não sei se uma moça da sua idade vai gostar dessas delícias...

Karina pegou uma colher, provou um pedaço e, satisfeita, fechou os olhos por um instante:

— Está uma delícia.

— Gostou? — Otávio sorriu, assentindo. — Que bom. Fiquei preocupado que talvez você não estivesse acostumada...

Otávio a observava com atenção, examinando cada detalhe.

De repente, ele perguntou:

— Karina, você está com algum problema?

Karina ergueu o olhar, surpresa, de boca aberta:

— Vovô, você...

— Está se perguntando como eu percebi, não é?

Otávio colocou o doce de lado, pegou um guardanapo e limpou a boca, sorrindo suavemente:

— Filha, eu posso estar velho, mas meus olhos ainda são bem afiados.