Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 468

Porque Karina já tinha visto tudo.

Então, Karina continuou a falar:

— A partir de agora, vamos voltar a ser como antes, quanto ao futuro mais distante...

— Espere. — Karina mal tinha terminado essas palavras, e o rosto de Ademir já estava cerrado de raiva.

Ele perguntou, com um tom de escárnio:

— Como éramos antes? O que é isso?

— O quê? — Karina ficou chocada. — Você não entende? O que quero dizer é que vamos voltar a ser um casal superficial, apenas por nome, sem nos envolvermos um com o outro.

Ademir soltou uma risada fria, com um tom sarcástico:

— A comida que você já comeu, ainda consegue vomitar?

"O que isso significa?"

Karina franziu a testa, confusa:

— Você não concorda? Por quê?

— Por quê? — Ademir estava furioso, mordendo os dentes. — Você ainda me pergunta o porquê?

Quase... Quase ele não conseguiu se controlar!

Mas Ademir se conteve.

Segurando a raiva, tentando controlar suas emoções, disse:

— Karina, você está me culpando por não ter ido até você na hora?

Antes que Karina pudesse responder, Ademir não precisou de resposta alguma.

— Eu sei, do seu ponto de vista, você deve estar zangada. Pode gritar comigo, fazer o que quiser, mas...

— Ah, então você também sabe que, do meu ponto de vista, eu deveria estar zangada. — Karina interrompeu com uma calma que lhe cortou a fala.

Ademir ficou atônito. De fato, Karina estava irritada.

Ele se levantou e se abaixou à frente dela.

— Sim, eu entendo tudo. Mas, Karina, naquela situação de hoje, se eu tivesse voltado até você, só teria desperdiçado mais tempo. E, além disso, você tinha o Bruno com você. Eu até pedi ajuda ao Filipe...

— Eu entendo. — Karina assentiu, com um semblante tranquilo.

Karina suspirou profundamente:

— Essa foi a sua escolha inconsciente. Você mesmo pode nem perceber, mas sua escolha revela o que você realmente pensa.

— Não...

— Não tente negar. — Karina balançou a cabeça, olhando para Ademir. — Acredite em mim, essa é a verdade.

Ademir abriu a boca, mas não conseguia dizer nada. Ele não sabia como explicar.

— Vamos deixar assim. — Karina se levantou. — Na frente do meu avô, eu não vou falar sobre isso. Quanto ao futuro, depende da situação dele. Ou, se você quiser encerrar tudo antes, pode me contar.

Ela já havia dito tudo o que precisava.

Era hora de ir.

— Karina! Não vá, por favor, não vá! — Ademir estava desesperado, bloqueando o caminho de Karina.

Karina olhou para o braço de Ademir, com um olhar genuíno:

— Sei que você está preocupado com a Vitória, mas seu braço também não está nada bom. Deveria ir ao médico, cuidar disso. A Vitória não precisa de você por agora, não é?

Ela contornou Ademir e abriu a porta do lugar de descanso.