Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 590

A voz dela também estava suave:

— Eu acabei de tirar e deitei direto, não coloquei meias novas.

Assim que terminou de falar, a mão do homem pousou na testa de Karina. Estava fria, mas muito confortável.

Karina não conseguiu evitar e estreitou levemente os olhos.

Ademir notou esse pequeno gesto, e aquilo lhe causou uma sensação inquietante. Seu coração coçava, e sua garganta também.

Sem perceber, seu tom de voz ficou mais suave:

— O médico chegou. Deixe ele dar uma olhada.

Ele se virou para chamar o médico:

— Venha.

— Sim, Sr. Ademir. — O médico se aproximou e examinou Karina. — Ela pegou um resfriado, mas a febre não está alta. Como está grávida, é melhor evitar medicamentos.

Pegou um frasco de álcool da maleta:

— Passe no corpo dela e tente baixar a temperatura de outras formas. Além disso, use duas bolsas de gelo, uma na testa e outra sob as axilas. Isso deve ajudar. Se não resolver, aí sim recorremos ao antitérmico.

Só isso?

Ademir não estava convencido:

— Chá de gengibre, ela pode tomar?

O médico hesitou por um momento:

— Pode, sim. O mais importante é que ela beba bastante água, aos poucos e com frequência.

— Você não vai embora. — Ademir ordenou a Júlio. — Reserve um quarto para o médico descansar. Se acontecer qualquer coisa, quero que ele esteja por perto.

— O Sr. Ademir é muito gentil. — O médico, obviamente, não recusaria. Com um pagamento generoso, por que diria não?

Júlio saiu levando o médico, enquanto Ademir tirava o paletó e arregaçava as mangas da camisa.

Foi só então que percebeu que Túlio ainda estava ali, parado em silêncio.

Sem paciência, Ademir perguntou:

— E então, Sr. Martins, pretende fazer o quê aqui?

Numa situação dessas, a presença de Túlio realmente não fazia sentido.

Ele olhou para Karina, se inclinou levemente e disse:

— Karina, estou indo.

Os olhos dela brilharam, e ela assentiu:

— Certo, obrigada por ter vindo.

— Não foi nada. — Túlio sorriu de leve. — Sempre que precisar, estarei aqui.

— Confie em mim. — A voz dele era paciente. — Não tem mais ninguém aqui além de nós dois. Além disso, ainda não nos divorciamos. Eu sou seu marido.

Mas não por muito tempo!

Frágil, Karina continuou negando com a cabeça, relutante.

— Eu juro pelo meu avô. — A sinceridade transparecia na voz de Ademir. — Só vou limpar seu corpo, nada mais.

O avô era a pessoa que ele mais respeitava e valorizava no mundo, seu único parente.

Karina acreditou. Além disso, precisava pensar na criança.

Fechou os olhos e cedeu:

— Tudo bem.

— Boa menina.

Ademir teve vontade de apertar a bochecha dela, como fazia antes, mas se conteve. Tinha medo de que Karina ficasse irritada e não deixasse mais que ele se aproximasse.

Ela vestia apenas a roupa íntima quando Ademir pegou o álcool e a gaze. Com movimentos cuidadosos, seguiu as instruções do médico, passando o líquido fresco pelo corpo dela, repetidas vezes.

Quando terminou, Karina já se sentia um pouco melhor.

— Obrigada.

— Não precisa agradecer! — De repente, Ademir se levantou e saiu correndo para o banheiro.

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