Fechando a porta, a testa de Ademir estava coberta de suor, e as veias em suas têmporas pulsavam sem parar.
Só de pensar na cena de Karina nos braços de Túlio, Ademir sentia que ia explodir!
— Ademir, você realmente não vale nada!
Ele xingou a si mesmo em voz baixa. Karina estava doente, e ainda assim ele só conseguia pensar em fazê-la sua!
Meia hora depois, Ademir saiu do banheiro.
Os itens que ele pediu ao hotel já haviam sido entregues: uma bolsa de gelo e chá de gengibre. Com delicadeza, ele colocou a bolsa de gelo sobre a testa de Karina, pegou a xícara de chá e, com um canudo começou a dar para ela aos poucos.
Doente, Karina estava muito obediente.
Quando ele pedia que ela bebesse água, ela bebia. Até mesmo quando ele usava álcool para limpar sua pele, ela cooperava sem resistência.
Mas, no fim, quem acabou se desgastando foi Ademir.
No entanto, seus cuidados surtiram efeito.
Na segunda metade da noite, Karina já não parecia tão desconfortável. Encostada no travesseiro, adormeceu.
Seus olhos fechados estavam úmidos, com pequenas lágrimas ainda presas nos cílios.
Ademir finalmente conseguiu relaxar um pouco e ficou ali, sentado ao lado da cama, velando por ela.
Ainda assim, não ousava descansar completamente. A cada meia hora, media sua temperatura, despertava ela para que bebesse mais água e trocava a bolsa de gelo sempre que necessário.
Graças a esses cuidados, a febre não voltou a subir.
O céu começava a clarear.
Ademir passou a noite em claro, mas, surpreendentemente, não sentia nem sono nem cansaço.
Ele apenas olhava para Karina, e em seu olhar havia um traço de desejo insaciável.
Suspirou, aliviado.
Por sorte, ele chegou a tempo.
Caso contrário, quem teria passado essa noite inteira ao lado de Karina seria Túlio.
E tudo o que Ademir fez por ela teria sido feito pelas mãos de Túlio!
Só de imaginar essa cena, um calafrio percorreu seu corpo, cobrindo sua pele de suor frio.
Às sete da manhã, o celular de Karina tocou. Era o despertador que ela havia programado.
Seus olhos se abriram imediatamente.
Ao despertar, percebeu que se sentia muito melhor. Seu corpo já não parecia tão pesado, e sua respiração estava mais leve.
Tentou se levantar.
Ademir, no entanto, segurou ela rapidamente.
— Levantar para quê? Se não está bem, continue deitada.
Ademir quis responder: "E daí?".
Na noite passada, ele já não tinha visto tudo? Não só viu, como também cuidou dela com as próprias mãos.
Mas, considerando a relação deles no momento, não teve coragem de dizer isso em voz alta.
— Certo. — Engolindo em seco, ele se levantou e caminhou até a porta. — Volto em dez minutos.
Dizendo isso, saiu do quarto e ficou do lado de fora, sem trancar a porta.
Dez minutos depois, voltou.
Karina já estava vestida.
Mas não usava roupas confortáveis para ficar no quarto... E sim as que usaria para sair.
Ademir franziu o cenho.
— Você vai sair?
— Sim. — Ela assentiu. — O evento ainda não terminou.
— Esqueça isso. — Ele se aproximou, segurou sua mão e a puxou para que se sentasse. Sua expressão era de pura insatisfação. — Você está doente e ainda pensa no evento? Não permito que vá!
— Como assim? — Karina balançou a cabeça, determinada. — Esse é o meu trabalho. Além disso, já estou bem.
— Você ainda acha que está bem? — Os olhos de Ademir se fixaram no rosto dela, tão pálido que parecia quase translúcido. Seu peito se apertou, dividido entre raiva e preocupação. — Você se olhou no espelho? Se sair assim, o primeiro vento que bater vai te levar embora!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...