Como tinha tirado licença médica, Karina decidiu simplesmente descansar em casa.
Afinal, já estava no final da gravidez e não podia ignorar sua saúde.
Dormir era o melhor descanso.
Assim que voltou para o apartamento, comeu alguma coisa e foi direto para a cama. No dia seguinte, sua rotina continuou a mesma.
Dormiu até o entardecer e, finalmente, sentiu que tinha descansado o suficiente.
Ao abrir as cortinas, viu que a neve lá fora havia parado, mas o frio parecia ainda mais intenso.
A fome bateu e, de repente, sentiu vontade de comer macarrão.
De vez em quando, não fazia mal se permitir um desejo.
Correu até a geladeira e, ao abrir, encontrou ovos e legumes. Perfeito, dava para preparar um macarrão com esses ingredientes.
Pegou tudo o que precisava e começou a cozinhar, quando recebeu uma ligação de Ademir:
— Está no apartamento?
— Sim. Aconteceu alguma coisa?
— Sim, estou aqui embaixo. Estou subindo agora.
— Certo.
Karina não recusou, imaginando que Ademir devia ter vindo para falar sobre o divórcio.
Pouco depois, a campainha tocou.
Ela correu para abrir a porta e encontrou Ademir vestido com um casaco preto e um cachecol da mesma cor.
Aquela roupa realçava ainda mais seu rosto bonito e sua silhueta impecável.
— Entra. — Karina se virou para dentro enquanto dizia. — Não tenho chinelos grandes aqui. Entra só de meia mesmo, tem aquecimento em casa, não está frio.
Enquanto Karina foi até a cozinha pegar água, Ademir se acomodou no sofá.
— Aqui, bebe. — Ela lhe entregou o copo e explicou. — É chá. Seu estômago não é dos melhores e, com esse frio, é melhor não beber nada gelado.
Ademir curvou os lábios num sorriso divertido e perguntou:
— Isso é preocupação comigo?
Karina franziu a testa e disse sem paciência:
— Vai beber ou não?
Ao perceber que ela estava começando a se irritar, Ademir rapidamente se rendeu:
— Vou beber.
Mas Karina logo foi direta ao ponto:
— Você veio por causa do divórcio? Já preparou o acordo?
Karina estendeu a mão para ele e continuou:
— Me dá aqui para eu ver.
Ademir sorriu de leve, mas não respondeu.
Em vez disso, franziu levemente o cenho e cheirou o ar antes de perguntar:
— Que cheiro é esse?
— O quê? Não tem cheiro nenhum... — Karina ficou confusa, pensou por um instante e, de repente, se lembrou. — Deve ser do macarrão. Seu nariz é bem sensível, hein.
Ele se virou e fez menção de sair.
Karina entrou em pânico e segurou seu braço, cedendo:
— Tá bom, tá bom! Eu como, pode ser?
"Comer, e daí? No fim das contas, é só uma refeição, não é veneno."
— Boa menina. — Ademir sorriu satisfeito. — Vai trocar de roupa, se agasalhe bem, lá fora está frio.
— Tá bom. — Karina revirou os olhos, exasperada. — Nossa, olha como você fala! A Vitória não se cansa de você?
Dizendo isso, se virou e entrou no quarto.
Atrás dela, o sorriso de Ademir congelou.
Ela mencionou a Vitória de novo!
Para quê trazer outra pessoa para essa conversa? Karina sabia mesmo como estragar o clima!
Quando voltou, Karina estava usando o mesmo casaco que Ademir tinha trazido para ela da Cidade L.
Era um casaco quente e confortável.
Os lábios de Ademir se curvaram levemente.
— Vamos.
— Vamos.
O destino, como sempre, foi o Restaurante Loco.
Ademir encheu a mesa com pratos do gosto de Karina.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...