Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 599

— Karina! — Ademir imediatamente se levantou e a envolveu em seus braços, seu olhar cheio de preocupação. — O que foi? Você não está se sentindo bem de novo?

Karina manteve os olhos fechados e não respondeu.

Aquela sensação voltou.

Uma tontura repentina.

As imagens diante dela balançavam de um lado para o outro em sua visão...

— Karina? — Ela continuou em silêncio, deixando Ademir ainda mais aflito.

— Espera um pouco... Daqui a pouco passa...

Esperar?

Como Ademir poderia simplesmente esperar vendo Karina assim?

— Esperar o quê? — Ele estendeu os braços e a pegou no colo. — Vamos para o hospital!

Sem dar chance para Karina recusar, ele a levou diretamente ao hospital de maternidade.

Não tinham consulta marcada, mas, por sorte, naquela noite a Dra. Coelho estava de plantão.

Karina se deitou na sala de exames enquanto a Dra. Coelho, de frente para Ademir, o encarava com um tom nada amigável:

— Sr. Ademir, que surpresa... Um homem tão ocupado como o senhor encontrou tempo para vir hoje?

Aquele tom...

Ademir se lembrou de que, dias atrás, a Dra. Coelho havia lhe ligado.

Mas, na época, ele e Karina estavam brigados. Ele estava irritado e não atendeu a chamada.

Agora, reconhecendo seu erro, ele se desculpou sinceramente:

— Dra. Coelho, me perdoe por não ter atendido sua ligação da última vez.

— Não precisa se desculpar. — Ela deu um sorriso frio e balançou levemente a cabeça. — Quem merece suas desculpas não sou eu, mas sua esposa... E seu filho.

"O que ela quer dizer com isso?"

Ademir manteve um sorriso contido, tentando se manter calmo:

— Dra. Coelho, por favor, fale diretamente.

— Pois não. — Ela estendeu a mão, abriu uma gaveta ao lado e retirou um maço de exames, colocando-os diante dele. — Olhe você mesmo. Na última vez em que não veio, deixei tudo aqui. Não mostrei para sua esposa.

Ela fez uma pausa e, com o dedo, tocou levemente os relatórios.

Porque, no fim, era verdade.

Tudo aquilo era culpa dele.

— E agora... — Ele perguntou com dificuldade, sentindo a garganta seca. — O que deve ser feito?

— O que deve ser feito? — A Dra. Coelho ficou em silêncio por dois segundos. Como médica, era difícil para ela dar aquela resposta. — Você está com tanta pressa assim para ter um herdeiro?

Ademir franziu a testa, mas não disse nada.

— Se não estiver, sugiro que tentem novamente no futuro. Vocês ainda são jovens. Terão outras oportunidades de ter um filho.

O pior cenário havia se concretizado.

Ademir fechou os olhos com força, como se pudesse afastar aquela realidade.

— Não há outra solução? Precisa ser assim?

— Sr. Ademir, sua esposa também é médica. Você entende que, neste mundo, não existe médico capaz de garantir certezas absolutas. — A Dra. Coelho suspirou, visivelmente frustrada. — O que posso dizer é que, se ela levar essa gestação adiante, o bebê pode até nascer sem grandes problemas, mas o impacto na saúde da mãe será enorme.

Como mulher, ela hesitou antes de continuar:

— Existe um risco muito alto de o bebê não sobreviver, de a Karina nunca mais poder engravidar e, no pior dos casos... De perdermos a mãe também.

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