Havia muitos tipos de pratos, mas todos em pequenas porções, garantindo que Karina pudesse provar de tudo sem ficar muito cheia.
Ao dar a primeira mordida, ela soube imediatamente: era o toque de Wanessa.
Fazia muito tempo que Karina não comia algo preparado por ela e sentia muita falta de sua comida. Saboreou cada garfada com satisfação.
Embora tivesse passado por um momento desagradável com Ademir, nunca se privava quando se tratava dessas coisas. Simplesmente não via necessidade de fazer isso.
Ademir sorriu levemente. Ele apreciava essa atitude de Karina.
Quando terminou de comer, Karina limpou a boca com um guardanapo.
Ademir lhe entregou um copo de água:
— Comeu bem?
— Sim. — Karina pegou o copo, tomou dois goles e, em seguida, encarou Ademir com seriedade. — O que você disse há pouco... Eu não acredito em uma única palavra.
— Karina...
— Não importa se foi por causa da Vitória... — Disse ela, com indiferença. — Hoje à noite, quando sair daqui, não volte mais. Vá embora, quero tomar banho e dormir. Quando sair, tranque a porta para mim. Obrigada.
Karina se levantou lentamente.
— Karina...
Ademir tentou segurá-la, mas ela evitou seu toque e foi direto para o quarto.
Como precisava arrumar a mesa, Ademir demorou um pouco mais.
Quando entrou no quarto, Karina já estava no banheiro, e o som da água do chuveiro ecoava pelo ambiente.
Ele se aproximou da porta de vidro e bateu de leve.
— Karina.
Naturalmente, não obteve resposta.
— Termine logo e vá descansar. Preciso visitar meu avô, estou indo agora.
Mais uma vez, silêncio absoluto.
Sem alternativa, Ademir suspirou e saiu.
Dentro do banheiro, Karina inclinou o rosto para cima, fechando os olhos. A água morna caía sobre sua pele enquanto ela esfregava o rosto com força.
Naquela noite... Ela estava fadada à insônia.
Na manhã seguinte, Karina foi despertada pelo som insistente da campainha.
Abriu os olhos com um humor péssimo. Tinha demorado para pegar no sono e definitivamente não dormiu o suficiente.
Por que ele estava irritado? Só porque foi pegar um cobertor? Mas não tinha sido ela quem pediu para ele ir.
Ademir caminhou até ela com a expressão sombria.
— O que você fez ontem à noite?
Karina ficou completamente confusa. O que ela tinha feito? Por que ele estava tão bravo?
Ele soltou uma risada fria.
— Não sabe? Então me diga, o que são todas aquelas coisas na cama?!
— O quê? — Karina tentou pensar.
"Que coisas na cama"?
— Você está falando... Dos livros?
Na noite anterior, ela não conseguia dormir. Sem ter o que fazer, acabou pegando seus livros acadêmicos para ler. Conforme encontrava partes difíceis de entender, buscava mais materiais para consultar, até que a cama ficou cheia de livros e anotações.
Mas... Qual era o problema nisso?
Ademir estava bravo porque a cama estava bagunçada? Não podia ser.
— Isso mesmo! — Ele realmente parecia furioso, a ponto de as veias de sua testa ficarem visíveis. Ainda assim, mesmo irritado, ele jogou o cobertor sobre os ombros de Karina, cobrindo ela. — Você não tem mais permissão para ler antes do bebê nascer! Se eu te pegar fazendo isso de novo, pode acreditar... Eu queimo todos esses livros!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...