Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 729

Filipe olhava com visível ciúme.

Ainda bem que era irmão de sangue. Mas, na verdade, mesmo sendo irmão, ele ainda se sentia um pouco incomodado.

— Paulo. — Filipe chamou. — Posso falar com a Patrícia a sós por um instante?

— Isso... — Paulo hesitou, lançando um olhar para a irmã.

— Não tem problema, irmão. — Patrícia assentiu, soltando o braço dele.

— Tudo bem, então.

Paulo pensou que o Sr. Pinto havia ajudado eles há pouco e, já que a irmã tinha concordado, não havia razão para desconfiar.

Ele afagou a cabeça de Patrícia:

— Vou te esperar lá fora.

— Tá bom.

Assim que Paulo saiu, Patrícia levantou o rosto e encarou Filipe:

— Obrigada por antes.

— Não foi nada. — Filipe sorriu com desdém. — Que situação, hein? Ter que sair com seu irmão para tratar de assuntos de trabalho...

Ele conhecia o gerente João e perguntou:

— Você está tentando conseguir um empréstimo?

— Sim. — Patrícia respondeu com sinceridade. — Já falei com vários bancos, mas só o gerente João se dispôs a conversar.

O que ela não esperava era que ele também fosse uma pessoa desprezível.

— Que azar o seu. — Filipe deu uma tragada profunda no cigarro, soltando um longo anel de fumaça. Com um sorriso torto nos lábios, perguntou. — E o seu namorado? Com a situação difícil que sua família está passando, ele não vai ajudar?

Diante daquela pergunta, Patrícia ficou paralisada.

Na época, ela havia mentido, dizendo que Simão era seu namorado... E ele tinha mesmo acreditado.

— Ele não te trata bem. — Filipe comentou, seco. — Com as conexões da família Nogueira, conseguir um empréstimo desses seria fácil. Ignorar os problemas da família da namorada... Isso é coisa de homem?

— Não fale assim dele. — Patrícia retrucou com a testa franzida.

Afinal, Simão não era seu namorado, e ela tampouco havia contado a ele sobre os problemas da família.

Mas Filipe, sem saber disso, ardia de ciúmes:

— Você está mesmo defendendo ele, hein?

Patrícia permaneceu em silêncio.

Parecia que esse era o destino do qual Filipe jamais conseguiria fugir.

Tudo o que desejava... Nunca podia ser dele.

Ele ergueu a mão, estendendo ela em direção a Patrícia.

— O que você vai fazer? — Patrícia se assustou, tentando recuar por instinto, mas atrás dela não havia mais espaço.

Ela então congelou, o corpo completamente rígido.

Filipe percebeu isso e deu um sorriso frio e silencioso. Mesmo assim, sua mão pousou suavemente no rosto dela.

Devagar, limpou-lhe as lágrimas.

Patrícia o encarava, atônita, sem ousar se mover.

— Não chore mais. — Disse Filipe, com ternura. — Já que você está tão contrariada, eu não vou te forçar. Está bom assim?

— Sério?

— Sério. — Filipe assentiu. — Como poderia ser mentira?

— Então... Eu posso ir embora?