Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 730

Filipe arqueou a sobrancelha. Que fofa.

Mas ele já havia dado a deixa, e Patrícia ainda assim não soube aproveitar a oportunidade para pedir o empréstimo?

Patrícia realmente não tinha pensado nisso.

Ela só queria se afastar logo daquele homem perigoso:

— Então, eu vou embora.

Ao dizer isso, se curvou para pegar a bolsa e o casaco que estavam no sofá.

Filipe não disse uma palavra, apenas a observou em silêncio.

Ao se levantar, Patrícia quase perdeu o equilíbrio.

Tinha bebido um pouco, e ainda por cima tinha chorado demais. Por um momento, ficou tonta e desequilibrada.

Ela corou de vergonha, mas não ousou permanecer ali. Vestiu o casaco às pressas e saiu correndo.

Logo, ela já estava longe.

Filipe curvou os lábios num leve sorriso:

— É mesmo uma criança.

Uma garota tão ingênua... Ele realmente não tinha mais coração para se aproveitar de Patrícia. Que fosse, então.

— Heitor.

— Sr. Pinto. — Heitor apareceu imediatamente.

Filipe fez um gesto com o dedo e disse:

— Tenho uma tarefa para você.

...

À noite, Ademir voltou bem cedo para casa. No entanto, dentro de pouco tempo, ele teria que sair novamente. Antes disso, queria jantar com Karina.

Durante a refeição, percebeu que Karina estava meio abatida.

Ademir perguntou:

— O que foi? A comida não está boa?

— Não é isso... — Karina balançou a cabeça e contou sobre Patrícia. — Você não viu, a Patrícia emagreceu tanto... O rosto, que antes era redondinho, agora está fino, quase pontudo.

Estava mesmo?

Ademir não conseguia imaginar. Não importava se o rosto de Patrícia era redondo ou fino, ele mal conseguia lembrar como ela era.

Para ele, as amigas de Karina eram apenas conhecidas, ele não tinha intimidade com nenhuma.

— Quem te conhece, sabe que a Patrícia é sua amiga. Quem não conhece, vai pensar que ela é sua filha, de tanto que você se preocupa com ela.

Karina deu uma risada com a provocação:

Karina entendeu na hora o que ele queria dizer.

Ela ficou vermelha até as orelhas.

Ademir então apertou suavemente as bochechas dela, puxando-as para os lados.

— Sr. Ademir, você é mesmo demais! Só pensa besteira!

— E qual o problema dessas besteiras? — Ademir respondeu com a maior seriedade, como se falasse de algo absolutamente normal. — Nós somos um casal de verdade. Não temos o direito de fazer amor? Casais que não fazem amor, no fim, acabam se separando. E nós com certeza não vamos...

— Cala a boca!

Depois do jantar, Ademir saiu para resolver assuntos do trabalho.

Mas não demorou muito. Às dez e meia, já estava de volta.

Karina estava deitada na cama, e ele nem deixou que ela se levantasse:

— Fique aí. Estou com cheiro de cigarro e de bebida. Vou tomar um banho e já volto para te abraçar.

— Tá bom.

Com esse jeito dele, Karina nem ficou tocada.

Não era como se ela não soubesse o que estava passando na cabeça de Ademir.

Quando ele voltou do banho, se deitou ao lado dela e a abraçou. Sem dizer uma única palavra, abaixou a cabeça e a beijou.