Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 746

— Sr. Ademir. — Patrícia se aproximou, segurando uma bacia com água, e apontou para Karina. — Dê uma lavada nas mãos dela.

— Está bem. — Ademir assentiu e segurou as mãos de Karina.

Franziu a testa, sem conseguir evitar.

As mãos dela estavam completamente cobertas de sangue...

Enquanto Patrícia segurava a bacia, Ademir mergulhou as mãos de Karina na água e começou a esfregá-las delicadamente, lavando os vestígios do sangue. Depois, secou-as com uma toalha.

Uma lágrima grossa caiu, estourando sobre o dorso da mão de Ademir.

Surpreso, ele levantou os olhos:

— Karina?

Karina também o encarava, com os olhos vermelhos, e disse:

— Por que ele me salvou? Ele nunca me considerou uma filha de verdade!

As lágrimas continuaram a escorrer quando ela acrescentou:

— Ele nunca demonstrou carinho por mim, e mesmo assim arriscou a vida por minha causa? Por quê?

Ademir apertou a mão dela:

— Talvez... Ele não deixasse de te amar por completo.

— Será? — Karina vacilou, incerta. Mas essa dúvida apenas a fez se sentir ainda mais triste.

— Karina! — Vitória também havia corrido até ali ao saber do que aconteceu. Chegou como um furacão, parando diante de Karina e a confrontando com fúria. — O que está acontecendo? Por que o papai foi te procurar? E por que isso aconteceu com ele?

Karina ficou em silêncio. Balançou a cabeça e respondeu:

— Eu não sei.

— Você não sabe? — Vitória não acreditou, soltando uma risada fria. — Foi você quem marcou de encontrar com o papai, não foi? Caso contrário, por que ele, recém-saído da UTI, teria saído do hospital?

Karina balançou a cabeça, repetindo:

— Eu não sei.

— Você... — Vitória tremia de raiva. — Não pense que pode se livrar da culpa só dizendo que não sabe! Se o papai morrer, eu juro que não vou te perdoar!

— Vitória. — Ademir não aguentou mais e a interrompeu.

Um médico saiu de lá.

— Doutor! Como está o meu pai? — Vitória foi a primeira a correr até ele.

Karina, com dificuldade para se mover, se apoiou na cintura e se levantou devagar. Ademir tentou ajudá-la, mas ela deu um passo à frente, desviando da mão dele.

O olhar do homem escureceu. Será que Karina estava magoada só por causa do que ele havia dito?

O médico balançou a cabeça:

— O estado dele é grave. Vamos ver se consegue passar desta noite. Ele será transferido para o quarto agora, os familiares podem acompanhar.

Ao ouvirem isso, Karina e os outros ficaram completamente paralisados.

— Doutor! — Vitória agarrou o médico, furiosa. — O que quer dizer com “ver se consegue passar desta noite”?

— Quer dizer que, se ele resistir até amanhã, então ainda há chances de sobreviver... — Respondeu o médico. — Aconselho que se preparem. Caso o pior aconteça, pode não dar tempo de fazer nada.

Karina cambaleou, sentindo um vazio terrível invadir o peito.

— Karina! — Ademir correu para ampará-la, assustado ao ver seus olhos perdidos e o rosto completamente pálido.