Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 758

— Mas... — Karina ergueu o rosto e olhou para ele. — Eu não aceito.

— Você não pode fazer isso comigo. — Ademir franziu a testa, visivelmente contrariado. — O Túlio estava doente, você também cuidou dele. Por que comigo seria diferente?

Túlio?

Karina manteve a calma, sem vontade de se explicar.

Sorriu com indiferença:

— Você tem razão. Eu não consegui aceitar a Vitória, e você não consegue aceitar o Túlio. Nós nunca deveríamos ter ficado juntos.

— Karina!

Com um gesto brusco, ele apertou o pulso dela com força, fazendo ela sentir dor. Ela franziu a testa e disse:

— Pega leve, está doendo.

— Doendo? — Ademir soltou uma risada sarcástica. — E você acha que sente mais dor do que eu?

Naquele momento, cada parte do corpo dele parecia estar prestes a se romper, como se estivesse sendo dilacerado por dentro.

Ele cerrou os dentes, tomado pela raiva:

— Você quer acabar com a minha vida?

Se, da última vez, quando o avô dele havia aceitado o divórcio, Karina não tivesse recusado ficar com ele, se ele não tivesse experimentado o que era amar Karina...

Então, talvez a separação teria sido suportável.

Com o tempo, os sentimentos poderiam ter se desfeito.

Mas agora... Agora, tudo era diferente!

O que eles tinham não era mais como antes, ele sabia disso. Estavam conectados de corpo e alma, em perfeita sintonia.

Encontrar alguém assim em toda uma vida... Não era nada fácil.

Talvez, nesta vida, ela fosse a única!

E isso não era exagero algum. Perder essa mulher era, para ele, o mesmo que perder a própria vida.

Porém, Karina parecia não se importar nem um pouco.

O olhar dela transbordava de desprezo:

— Ninguém morre por causa de ninguém. Acredite em mim.

Acreditar em Karina?

Ela dizia isso por causa do Túlio? Por já ter passado por isso?

Ademir riu friamente e disse:

— Então é isso? Quer me transformar no próximo Túlio?

Ela não via? Não percebia o estado em que Túlio tinha se colocado por tê-la perdido?

Túlio, naturalmente, aceitaria. Ele vinha se recuperando em repouso, e se encontrar com Karina só podia lhe fazer bem.

Quando ela terminou de se arrumar, Túlio já havia chegado.

Ele a buscou e seguiram direto para o Hospital J.

A verdade era que o hospital havia entrado em contato com Karina, pedindo que ela fosse recolher os pertences que Lucas havia deixado durante sua internação.

Agora, tudo aquilo não passava de lembranças... Os bens que ele deixou para trás.

Karina organizou tudo com cuidado, pretendendo levar os pertences para a mansão onde a família Costa sempre residiu.

Lucas havia ficado internado por um bom tempo, e havia muitas coisas. Não seria possível levar tudo de uma vez.

Túlio pegou a primeira parte:

— Vou descer com isso e já volto para te buscar.

— Está bem.

Assim que ele saiu, Karina separou o restante dos objetos e os levou aos poucos até o hall do elevador, para poupar tempo.

Na última leva, ela já tinha deixado tudo pronto.

Esperando no elevador, Karina viu a porta se abrir e, lá dentro, estavam dois rostos familiares: Ademir e Vitória.

Como ela imaginava, a tal "ocupação" de Ademir era cuidar de Vitória.