Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 773

— O que ele disse?

Karina ficou chocada. Era isso que ele realmente pensava?

Mesmo que, no passado, Karina tivesse cogitado usá-lo como instrumento de vingança, será que todos os sentimentos que haviam compartilhado nesse tempo não passavam de uma farsa?

Ela soltou uma risada fria, repleta de sarcasmo, e disse:

— Ademir, se é para nos separarmos, que seja. Você não consegue assumir a responsabilidade, é isso? Escute bem! Nós estamos nos separando porque tem alguém no seu coração de quem você não consegue abrir mão! Eu só estou reconhecendo essa realidade e cedendo o lugar a essa pessoa!

— Não se faça de nobre! — O homem também riu, com frieza. — O Túlio vive te procurando! A Júlia só te trata como se fosse a namorada dele!

A chama do ciúme queimava forte em seu peito, deixando ele tomado pela fúria.

Karina o encarou com um sorriso irônico.

— Te incomoda? Você não consegue aceitar que alguém me trate bem? — Ela balançou a cabeça e continuou. — Que pena... Se não consegue aceitar, vai ter que engolir! Eu ainda sou jovem. Depois do divórcio, é claro que novas pessoas vão aparecer...

— Karina! — Ademir gritou, abalado. — Você está com tanta pressa assim? Quer voltar com seu ex?

— Ex-namorado? — Karina franziu o cenho. — Se é assim, você também é meu ex-namorado. Depois que meu avô aprovou, já devíamos ter nos divorciado. Eu fui enganada pela sua fachada, achei que poderíamos ficar juntos de verdade. E daí? Se eu pude ficar com você, por que não poderia ficar com o Túlio, meu ex? Ele é muito mais leal a mim do que você jamais foi!

Karina arregalou os olhos:

— Ele seria capaz de morrer por mim! E você... Você foi capaz de arriscar a própria vida por causa da Vitória e mais de uma vez!

Ademir ficou paralisado, sem saber o que responder.

— Ficou sem palavras? — Karina apontou para a porta. — Vai embora. Eu estou cansada.

— Karina...

— Vai embora! — Gritou Karina de repente, o rosto tomado pela fúria. — Eu mandei você ir embora, não está ouvindo?

Vendo que Ademir continuava parado, ela o empurrou com força.

Com passos firmes, o levou até a porta e o colocou para fora:

— Vai embora! Eu não quero mais ver você!

A porta se fechou com um estrondo ensurdecedor.

Ademir levantou a mão e bateu na porta com força:

— Karina! Karina!

Mas, claro, a porta não se abriria.

Do lado de dentro, assim que se virou, os olhos de Karina se encheram de lágrimas. Mordendo o lábio inferior, ela murmurou:

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