Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 791

Karina havia sido transferida da sala de parto de volta ao quarto e continuava dormindo profundamente.

Quando Estêvão chegou, Ademir tinha acabado de visitar a filha.

Seus olhinhos ainda estavam fechados, mas isso não a impedia de mamar, era muito comportada.

— Chegou, se sente. — Ademir apontou para o sofá, se sentando também.

A razão de Estêvão estar ali, naturalmente, era o caso de Karina.

No caminho, ele já havia pensado em uma estratégia:

— Sr. Ademir, a Sra. Barbosa acabou de dar à luz, isso é algo positivo. Se ela declarar que não fez aquilo de propósito, que foi um acidente, considerando seu estado atual, a sentença com pena suspensa não será um problema. Em relação à Vitória, basta oferecer uma compensação maior.

Parecia uma solução sem falhas.

No entanto, Ademir refletiu por alguns instantes e balançou a cabeça:

— O que eu quero não é uma pena suspensa. O que eu quero é que ela não tenha culpa alguma, entendeu?

Isso...

Estêvão ficou sem reação. Estaria ele dizendo que a Sra. Barbosa não empurrou Vitória?

— Mas... A Sra. Barbosa...

Ela mesma não admitiu? Se foi proposital ou não, ninguém além dela poderia saber.

Além disso, havia tantas pessoas presentes no local...

Estêvão tentou argumentar com delicadeza:

— Na verdade, considerando a situação na hora, a Sra. Barbosa não agiu com intenção...

— Sem intenção. — Ademir soltou um riso frio. — E ainda assim você quer que minha esposa carregue esse tipo de acusação? Mesmo que não vá para a prisão, ela será eternamente julgada pelas pessoas? Estêvão, é só isso que você consegue fazer?

Estêvão permaneceu em silêncio.

— Advogado Estêvão... — Na verdade, Ademir já tinha algo em mente, e sua voz baixou. — Minha esposa está cega. Ela não enxerga mais.

— O quê?

Estêvão ficou confuso por um momento, ele sabia disso.

No caminho até ali, já tinha sido informado da situação.

Espera...

Estêvão era um advogado astuto. Com um pouco de reflexão, entendeu o que estava sendo sugerido:

— O senhor quer dizer que...

Não era necessário dizer tudo em voz alta.

— Está bem.

A enfermeira lhe deu algumas colheradas da sopa e também alguns pedaços de frango. Com isso, Karina já se sentia saciada.

Tinha acabado de se deitar e mal fechou os olhos quando alguém entrou no quarto.

Pelo som dos passos, ela sabia que não era a enfermeira e tampouco era Ademir. Desde que perdeu a visão, sua audição se tornou extremamente sensível.

— Quem está aí?

— Sou eu.

— Sr. Levi? — Karina demonstrou certa surpresa e tentou se sentar.

— Por que essa pressa? — Levi se aproximou rapidamente e a amparou. — Fique deitada, não se levante.

O rosto dela estava pálido como papel.

Enquanto outras mulheres engordavam depois do parto, ela parecia o oposto, com o rosto mais fino, os olhos pareciam ocupar metade da face.

Levi franziu a testa:

— Você sofreu demais. Passou por um inferno.

— Não foi nada. — Karina sorriu levemente. — Já estou bem. Estou aqui, não estou?