Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 795

Ademir estava radiante, mas ao mesmo tempo mal podia acreditar que Karina tivesse mudado de ideia tão rápido.

— É sério? Você não está brincando comigo?

— Não... — Ao dizer isso, o coração de Karina estremeceu sem que ela pudesse evitar. Ela se forçou a manter o controle. — Mas tenho uma condição.

— Que condição? — Ademir aceitou de imediato. — Não fale em uma condição só, fala cem, mil, dez mil... Eu aceito todas!

— Certo, foi você quem disse isso. — Karina respirou fundo, discretamente, e falou com voz suave. — Eu vou contar à polícia exatamente o que o Estêvão me disse, como você pediu. Mas quero que você assine os papéis do divórcio. Quero que a gente se divorcie oficialmente.

Ademir ficou paralisado.

A mulher diante dele era de uma doçura encantadora. Mesmo tendo acabado de dar à luz, sua beleza permanecia intacta.

Karina chegou até a sorrir para ele.

Mas as palavras que saíram de sua boca eram frias como gelo...

A Cidade J havia passado os últimos dias sob neve constante, que só parou hoje. A neve acumulada já havia virado gelo, era o momento mais gelado do inverno.

Mas nada se comparava ao frio que tomava conta do coração de Ademir naquele instante.

A Dra. Coelho acabava de explicar para ele sobre a possibilidade de depressão pós-parto, e agora Karina vinha com essa história de divórcio... Será que isso também era um sintoma?

Ademir sentiu um gosto amargo na boca.

— Karina, então você ainda não confia em mim...

— É, eu não confio. — Karina respondeu com um sorriso nos lábios e os olhos semicerrados.

Sua voz era leve, como se estivesse comentando sobre o tempo, ou perguntando se ele já tinha comido.

— Como você queria que eu confiasse? Desde o começo, você nunca quis se casar comigo de verdade. Até no dia do casamento, dava para ver que você não estava feliz. E você nunca conseguiu cortar aquela ligação com ela, não é?

Tudo aquilo era verdade, e Ademir não tinha como contestar.

Ele odiava a si mesmo. E odiava a frieza de Karina.

Engoliu em seco e devolveu a pergunta:

— E se eu não concordar?

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