Karina estava sentada, imóvel.
Aquele tipo de caixa... Não precisava ser aberta para se adivinhar o que havia dentro. Com certeza era um colar ou uma pulseira, algo do gênero...
Levando em conta o buquê de rosas brancas que ele lhe deu, era bem provável que o presente também não fosse barato.
Mas, no momento, o valor não era a questão; o problema era que ela não podia aceitar.
Karina franziu a testa, sentindo como se tivesse dado um passo em falso, afundando em terreno lamacento.
— Abra logo. — Vendo que ela não reagia, Vasco a instigou. — Veja se gosta.
— Sr. Vasco... — Karina não sabia o que fazer.
Se não fosse o plano que ela traçou desde o início, para se aproximar dele com uma solicitação, Karina já teria se levantado e ido embora naquele instante.
— O que aconteceu? — Vasco começou a demonstrar certa pressa, e, sem mais nem menos, estendeu a mão, abrindo a caixa para ela.
Assim que a tampa se abriu, Karina sentiu uma luz ofuscante.
— Veja, gostou?
Ela não havia se enganado. Era um colar. Com diamantes por toda a parte, simples, mas ao mesmo tempo luxuoso.
Karina sentiu um leve nervosismo e disse:
— Sr. Vasco, isso é muito valioso, eu...
— Valioso? Isso é ótimo, então. — Vasco sorriu, se levantando e indo até o lado de Karina. — Coisas baratas não são dignas de você. O que é para você, tem que ser o melhor.
Ele estendeu a mão, pegou o colar e disse:
— Perguntei aos funcionários, soube que você é doutora, médica, e que não gosta de estilos complicados. Este é simples, perfeito para o dia a dia. Experimente.
— Sr. Vasco, eu...
— Não se mova. — Vasco fingiu estar irritado e a olhou fixamente. — Agora estou bravo, viu?
Karina realmente não ousava se mexer.
Ela não podia irritá-lo. Ainda tinha algo a pedir.
Antes, ela fez tanto para chegar até ele...
Com isso em mente, Karina controlou suas emoções e permaneceu quieta, obediente.
— Assim está melhor. — Vasco pegou o colar, colocou ele no pescoço dela, passou o colar no entorno e prendeu ele. — Agora vou ver.
Ele a observou com atenção, claramente satisfeito:
— Muito bem, ficou maravilhoso. Gostou?
Karina não respondeu à pergunta, mas disse:
Ela colocou a mão no colar, sentindo um desespero crescente. O que ela deveria fazer agora?
Se ela aceitasse, então o próximo passo seria, como Ademir disse, tomar um rumo sem volta!
Não.
Isso não poderia acontecer!
Ela tinha algo a pedir a Vasco, mas isso não significava que ela pudesse se sacrificar e se envolver com um homem casado.
A educação que recebeu não permitia que ela fizesse algo assim.
Karina não podia machucar ninguém.
Mas, e se ela simplesmente tirasse o colar e recusasse Vasco? Será que ele ficaria irritado?
Karina, em conflito, pegou a taça de água, tentando se acalmar.
Porém, antes que pudesse levar o copo aos lábios, a mão que estendia foi segurada por Vasco.
Karina, surpresa, exclamou:
— Sr. Vasco?
— Karina. — Vasco apertou sua mão com mais força. — Eu... Eu gosto de você.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Conseguiu assim, agora tbm tem que comprar moedas pra ler????...
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...