Ela levantou as sobrancelhas.
— Não precisava ter sido tão específico, eu já tinha compreendido bem.
— Simplesmente me arrependi.
— Por quê? — questionou se levantando.
— Porque eu queria transar com você, não com ela.
Laura colocou as mãos na cintura, aquilo fora bem constrangedor, sentiu uma pontada de ciúmes, mas devia admitir que não havia nada entre ele, portanto, nem tinha o direito de exigir algo.
— Você é solteiro Ethan, pode ter relações sexuais com quem bem entender e quantas vezes quiser. — deu de ombros.
Ele se levantou ficando ao lado dela, queria falar sobre uma questão que o atormentava, mas não achou apropriado.
— Mas eu não quero assim, prefiro ter uma chance com você e agora que não trabalha mais na Sky Bennett’s, meu irmão pode parar de pegar no meu pé. — disse cautelosamente.
Estava ali para expor seus sentimentos, percebeu que se nenhum lado cedesse, permaneceriam “boiando” no mesmo lugar.
— Se for apenas sexo, não tem porque seu irmão se intrometer.
— Acho que não fui claro, Laura, quero bem mais do que só uma noite. — resmungou.
— E como sabe se eu quero?
— Não sei, apenas estou tentando, precisa abaixar essas barreiras um pouco, confiar em alguém de vez em quando não vai te matar.
— Entendo bem, mas, o que acontece quando você se cansar de mim? — questionou cruzando os braços — Vou ser como Patrícia? Aquela que você procura quando está frustrado por não conseguir a garota que queria?
— Você é insuportável, quando quer.
— Agradeço!
Ethan suspirou, não saiu da forma como queria.
— Melhor você ir, eu vou tomar um banho e dormir um pouco, quero ficar sozinha agora.
— Estou começando a achar que sofre de transtorno bipolar.
Ela o encarou, pendendo a cabeça para o lado.
— Tudo bem, irei embora, mas, volto amanhã para conversarmos melhor. — caminhou até a porta.
— Certo!
— Sério? — ele questionou surpreso.
— Amanhã é um novo dia, todo tipo de desgraça pode acontecer. — lhe mostrou um sorriso forçado.
Ele saiu a contragosto, queria voltar à noite, porém, achava melhor dar espaço a ela, quanto menos forçasse, mais chances teria de ela aceitar sua proposta de relacionamento, pelo menos acreditava nisso.
Caminhou até o elevador, pegando o celular no bolso, discou o número do irmão, precisavam conversar sério, resolver uma outra questão que lhe rondava, para então ser totalmente livre e disponível a Laura.
— O que quer, Ethan? — Ezra resmungou.
— Atrapalhei? — imaginou que estivesse com a noiva, Safira.
— Muito, espero que seja importante. — bufou.
— Preciso conversar sobre algo, tem que ser agora, estou indo para sua casa. — respondeu.
— Está, bem, mas demore pelo menos uns trinta minutos.
Ethan apenas desligou o celular, dando leves risadas.
Sentiu o celular vibrar, eram mensagens de Laura, abriu rapidamente, queria saber do que se tratava.
“Alguém estava me seguindo, ou talvez você, tiraram fotos nossas.”, informou.
Ficou surpreso com a declaração.
“Pode tentar descobrir quem foi?”, ela questionou.
“Com certeza irei fazer isso.”, Ethan respondeu rapidamente.
“Percebeu alguém próximo, na noite que brigamos?”
Se por acaso alguém tivesse prejudicado a Laura em seu emprego de propósito, ele iria descobrir.
“Não, o corredor do seu andar estava vazio, por quê?”
“Alguém conseguiu fotos de nós, quando me beijou.”, ela respondeu.
“Seja lá quem for, vou descobrir.”, digitou antes de sair do elevador.
“Quero estar informada!”, foi a sua última mensagem.
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