Arrependimento do ex-marido (Victoria e Alexander) romance Capítulo 124

Rowan

Porra! Passo a mão pelo cabelo enquanto a observo dormir. Rastros de lágrimas ainda eram visíveis em suas bochechas e me quebra vê-la tão quebrada.

Ava sempre foi muito boa em esconder seus sentimentos. Hoje ela não fez isso e foi cru pra caralho. Isso a estava afogando e sem que ela percebesse, ela estava me afogando junto com ela.

Sento-me perto de sua forma adormecida. Passo meus dedos pelos cabelos dela enquanto massageio suavemente seu couro cabeludo. Como diabos eu nunca percebi o quão macio e grosso o cabelo dela é? Foi uma felicidade apenas tocá-lo.

Ela suspira em seu sono de contentamento. Seu rosto relaxou. Toda a dor de antes desapareceu. Durante o sono, ela está em paz. Ela não tem sombras abordando-a.

Eu sei que é assustador, mas observá-la dormir se tornou minha coisa favorita. Fiz a mesma coisa ontem e aqui estou fazendo hoje. Ela é tão linda que dói. Mesmo com olhos escuros, ela ainda é deslumbrante. Não sei porra, pensei que ela não pudesse se comparar a Emma.

Beijo suavemente suas bochechas antes de me levantar. Estou relutante em sair. Luto contra a parte de mim que quer puxar as cobertas e deslizar ao lado dela. Não sei de onde vem essa necessidade, nunca existiu quando nos casamos. Naquela época, eu não a queria perto de mim, sempre evitei abraços. No momento, porém, é tudo em que consigo pensar.

Eu me forço a sair do quarto dela e sair de sua casa. Respirando fundo, penso em voltar, mas não o faço. Eu sei que ela não vai gostar que eu esteja na cama com ela. Ela pode ter aceitado meu conforto, mas isso não significa que ela me perdoou por tê-la magoado.

Eu nem pedi perdão a ela, pelo amor de Deus. Eu deveria e vou. Eu só preciso que ela esteja mais estável quando eu fizer isso.

Pego meu telefone e ligo para meu irmão gêmeo. Ele atende no primeiro toque.

“Encontre-me no clube”, digo a ele antes de desligar.

Ele é três minutos mais novo que eu. Enquanto ele é extrovertido e sociável, eu sou o gêmeo antissocial taciturno.

“Nada”, murmuro recostando-me na cadeira.

Ainda não consigo esquecer a porra da imagem de Ava no penhasco. A maneira como ela estava tão perto do limite. Isso quase me matou quando ela deu um passo hesitante à frente. O medo que me envolveu era diferente de tudo que já senti. Foi tangível e me sufocou.

Meu coração parou honestamente e vi a porra da minha vida passar diante dos meus olhos. Ela estava tão quebrada e eu não queria nada mais do que juntá-la novamente.

Não sei o que teria feito se tivesse me atrasado. Não sei por que, mas sei que se ela tivesse morrido meu coração teria morrido com ela.