Arrependimento do ex-marido (Victoria e Alexander) romance Capítulo 132

"Ava, podemos conversar, por favor?" Minha mãe implora quando eu vou embora.

Eu olho para ela, sem saber o que ela queria. O que havia para conversar? Já não foi tudo dito e feito?

“Não há nada para conversarmos, mãe”, insisto.

Olhando para trás, vejo agora como fiz uma distinção quando se tratava dela e do pai. Embora Emma e Travis se referissem a eles como mamãe e papai, para mim eles eram pai e mãe. Limpo, cortado e completamente impessoal.

Nunca os reconheci verdadeiramente como meus pais, porque no fundo eu simplesmente sabia, os pais não odeiam seus filhos. Os pais não negligenciam seus filhos e os tratam como merda. Tornei o que chamei de impessoal porque, no nível espiritual, não os considerava meus pais.

“Por favor, eu imploro”, ela implora com lágrimas nos olhos.

Foi tão estranho olhar para ela com lágrimas nos olhos. Seu rosto estava vermelho e macio. Este é um olhar que nunca a vi dirigir para mim. Seu rosto estava sempre carrancudo. Ela sempre me olhava com uma certa indiferença que era dirigida especificamente a mim.

“Que tal você me mostrar nossa mesa enquanto eles conversam?” Martha, a mãe de Rowan, pergunta a Corrine enquanto corta o que eu estava prestes a dizer.

Corrine parece cética, como se ela não quisesse me deixar. Afinal, era sabido que a família Sharp não era minha maior fã, embora eu aparentemente fosse filha deles.

Martha não dá chance a Corrine. Em vez disso, ela dá as mãos e a puxa na direção oposta.

“Nunca vi o seu valor, nunca reconheci que você é a melhor filha que alguém pode ter. Tive que perder você para perceber o quanto você significa para mim.”

Ela estava chorando. Se fosse a antiga Ava, então as lágrimas dela teriam me tocado. Mas eu não estava tocada, e as lágrimas dela não significaram absolutamente nada para mim.

Anos de dor, mais de vinte e cinco anos de dor, que não podem ser apagados com algumas lágrimas. Simplesmente não funciona assim. Seria necessária a intervenção dos céus para que isso acontecesse.

“Olha, vamos direto ao assunto, ok? Se se trata da ameaça que minha mãe fez à sua empresa, podemos discutir o assunto como adultas. Não há necessidade de você tentar me paparicar, essa merda não vai funcionar. Em vez de todo o drama, por que você não me conta o verdadeiro motivo pelo qual quer conversar?” Digo a ela sem emoção.