Arrependimento do ex-marido (Victoria e Alexander) romance Capítulo 440

Eu me atrapalho e torço as mãos enquanto espero minha terapeuta terminar com seu outro paciente. Estou tão tentada a fugir, mas isso só me faria parecer uma covarde. Eu já estava cansada de ser uma.

Meu telefone toca, me tirando dos meus pensamentos. Suspiro aliviada, tão grata e feliz pela interrupção. Sem nem mesmo verificar o identificador de chamadas, deslizo a tela e atendo a chamada.

"Você já chegou?", sua voz vem pelo telefone.

Não preciso adivinhar quem é. Sua voz está gravada em meu cérebro. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Até mesmo em meus sonhos.

"Olá para você também", respondo sarcasticamente, e me inclino para trás na cadeira, sentindo-me começar a relaxar.

A sala foi pintada em uma cor laranja quente. Você pensaria que ficaria feio, mas não fica. Faz o lugar parecer acolhedor. Também dá a impressão de um pôr do sol quente.

A cor não é a única coisa que torna esta sala acolhedora. Há também as almofadas macias e fofas. As plantas vivas em vasos, flores e arte interessante. Acho que todo o interior foi feito para deixar você à vontade.

"Ei, você está aí?" Molly pergunta novamente, sem perder tempo. "Eu só tinha que ligar e confirmar que você realmente foi para sua consulta."

Suspirando, eu atendo. "Estou aqui, não se preocupe com isso."

Ouço soltar um suspiro pelo telefone. Ela deve ter ficado realmente preocupada que eu não fosse à consulta, já que eu era contra a terapia para começar.

"Graças a Deus! Eu estava tão preocupada, Emma. Você verá, isso será uma coisa boa."

Eu não digo nada, porque o que havia para dizer. Eu não tinha certeza se seria uma coisa boa se não fosse.

Em vez de pensar nisso, meus olhos se voltam para a arte na parede. Uma mulher agachada; seu rosto escondido. Sua espinha estava visível e suas costelas também. Ela parecia estar com dor (bem, essa é minha interpretação) enquanto tentáculos esfumaçados de escuridão saíam dela.

Eu tentei interpretar. Isso foi algum tipo de aviso? Que talvez a cura não seja fácil. Que eu seria dolorosa e me deixaria exposta para meu terapeuta ver. Talvez significasse que, para me curar, eu precisava deixar de lado a escuridão que estava me mantendo prisioneira por dentro.

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