As aventuras do amor romance Capítulo 521

Sofia perguntou a Nicholas com indiferença: “Então, por que está aqui? Veio aqui se vingar de mim?”

Não queria desperdiçar seu precioso tempo com aquele homem insignificante.

“Procurei você hoje porque senti saudades. É a única razão.”

Arriscou sua vida para encontrá-la porque ansiava por ela. Não se importaria se morresse por isso.

A cortejada ficou sem palavras.

Perguntou-se como poderia fazer o admirador ouvir a voz da razão.

No final, ameaçou: “Pare de me seguir, ou juro que morrerá por minha mão.”

Foi um aviso genuíno.

Para sua surpresa, ele sorriu com malicia e respondeu: “Oh, querida, mas o que mais posso fazer? Ficaria feliz em morrer em suas mãos.”

Sofia riu friamente.

Por que ele se joga de corpo e alma nesse amor não correspondido? Eu nunca vou corresponder ao sentimento.

Tentou ganhar sua simpatia. “Não seja tão cruel comigo, está bem? Eu gosto realmente de você.” Ela não sente a minha sinceridade?

Ignorou-o. E ajustou o jeito que segurava os livros didáticos e seguiu seu caminho.

Ele se recusou a desistir e a seguiu, obstinadamente.

“Onde está indo? Deixe-me acompanhá-la!”

Continuou sorrindo radiante.

“Não te interessa. Pare de me seguir.”

Nada a detinha. Ela acha que estou brincando? Fui ameaçado a vida toda!

Franzindo as sobrancelhas, frustrada, virou-se e pulou no ar, lançando um chute na direção do perseguidor.

Ele esperava pelo ataque e logo segurou sua perna. Antes que pudesse gabar-se pela antecipação, Sofia virou-se no ar e o chutou com a outra perna.

Seus ataques eram fortes e rápidos, e mesmo alguém tão habilidoso quanto Nicholas lutava para se defender.

Recuou no meio da luta e gritou: “Pare!”

“Eu não vim aqui para me envolver em uma briga.”

Por que está me atacando sem aviso?

“Já te avisei. Não chegue perto de mim novamente, ou eu realmente vou te levar para a cova”

Realmente não teria escrúpulos que lhe impedissem acabar com a vida dele, caso continuasse a importuná-la.

A determinação de Sofia cortou Nicholas até o âmago.

Sua expressão irradiava desolação enquanto suplicava: “Voei por mais de dez horas para vir aqui. Realmente não quer me ver?”

“Não. Nunca o quis, nunca mais apareça na minha vida.”

Não se segurava em rejeitá-lo, especialmente porque não gostava da pessoa dele. Além disso, não queria se tornar amiga desse cara.

Após a cruel despedida, virou-se e saiu.

Passou a tarde lendo na biblioteca, reunindo informações para a dissertação médica.

Era uma façanha impossível para a maioria dos estudantes de medicina.

As preparações geralmente começavam no quarto ano de estudos, mas Sofia já tinha um tópico de pesquisa em mente durante o primeiro ano.

Isabelle veio procurá-la na biblioteca com dois milkshakes em mãos.

Avistou a amiga lendo silenciosamente de longe e acabou por admirar seu lindo perfil por um longo momento.

Como uma mulher pode ser tão bonita? É impossível desviar o olhar dela mesmo que ela esteja apenas sentada em silêncio.

Olhava-a como se estivesse em transe.

De repente, lembrou-se de como ela havia ofendido seu tio alguns dias atrás.

Prontamente pegou o telefone do bolso e tirou algumas fotos de Sofia, que enviou para Thiago.

Pronto! Acho que é o suficiente para me redimir.

Estava em reunião quando as mensagens de Isabelle chegaram. Inicialmente não tinha planos de abri-las quando viu de quem eram.

Mas sabia que ela estava com Sofia naquele momento, e a preocupação com o bem-estar da namorada eventualmente o levou a deixar o rancor de lado.

Um milhão!

“Estou preparando uma dissertação médica.”

A resposta deixou-a incrédula.

Deixa pra lá. Não devo fazer muitas perguntas. Nunca vou entender como funcionam as mentes desses gênios. Quem diabos começa a escrever sua dissertação médica no primeiro ano?

A existência de Sofia era prova viva de que o mundo era injusto. Algumas pessoas podiam ser mais bonitas e diligentes do que outras ao mesmo tempo.

A celebridade colocou um canudo em um dos copos de milkshake antes de entregá-lo à amiga.

“Não acha o clima escaldante?”

Odiava o verão com fervor.

Suas glândulas sudoríparas eram excepcionalmente ativas, e ela ficava pegajosa durante o calor.

Felizmente, o ar condicionado da biblioteca oferecia algum alívio. Isabelle nem teria pisado no lugar se não fosse por isso.

Sofia deu um gole no milkshake antes de perguntar: “Tem algum evento hoje à noite?”

“Sim.”

“Está cansada?” Isabelle ainda era uma estudante universitária com outras prioridades para administrar. A amiga acreditava que seria prudente cancelar alguns eventos não essenciais para evitar sobrecarregar a pobrezinha.

“Vou participar de um evento com Marcos e os outros”, disse animada.

Nunca imaginou que um dia dividiria o palco com os The Wheelers.

Tranquilizou Sofia: “Não se preocupe. Não estou nada cansada. Na verdade, continue marcando esses eventos.”

Não protestou contra a decisão da amiga. Ela é fã da banda. Não devo impedi-la de conhecê-los.

Algum tempo depois, saíram da biblioteca e foram para a cafeteria da universidade.

Antes que pudessem se concentrar na comida que compraram, Nicholas se jogou no banco em frente ao delas, perguntando: “Com licença. Posso sentar aqui?”

Sua audácia em abordar Sofia à luz do dia fez a expressão dela contrair em ódio.

Mas mal poderia virar-se contra ele em público.

Isabelle encarou-o com curiosidade e perguntou: “Quem é você? É aluno da nossa universidade?”