As surpresas do divórcio romance Capítulo 260

Tim suspirou e disse: “Já faz seis anos, acho que ele já deve ter se superado meu orientador.”

“Entendi, mas como ela o conheceu?”, perguntou Toby.

Tim continuou girando o bisturi. “Não acabei de dizer que não sei? Mas, de qualquer forma, estou curioso.”

Toby franziu as sobrancelhas preocupado já que o médico não parecia estar mentindo.

Hum, nem ele sabe. Então tem mais coisa sobre Tina do que aparenta.

Logo o assistente de Toby retornou, imediatamente ele pediu para que investigasse o culpado por tê-lo hipnotizado.

Tim observou tudo em silêncio e não interferiu na conversa da dupla, afinal, ele e seu sênior tinham uma relação tensa, e por isso, decidiu aguardar.

Com a partida de Tom, Toby encarou o médico e disse: “Agora me ajude a controlar isso, por favor.”

“É claro, mas não de graça. Isso aqui é extraoficial, se eu for pego, vou ser punido e levar uma multa”, respondeu ele brincando.

Toby o olhou com frieza. “Você não vai se decepcionar.”

“Beleza”, Tim guardou seu brinquedinho.

O médico estalou os dedos uma hora depois e ele voltou a si. Sentiu sua mente mais aliviada e calma, e soube que Tim havia controlado os efeitos da hipnose. “Obrigado”, agradeceu.

Tim caiu na cadeira exausto, o rosto coberto de suor. “Nada fala mais alto do que dinheiro, então é melhor mostrar sua gratidão me pagando bem. Além do mais, devo lembrá-lo que o controle é temporário. Seu corpo permanece sob os efeitos da hipnose, então é melhor evitar encontrar-se o máximo que puder com a Tina para garantir que você não vai se descontrolar.”

Toby afirmou em resposta, mas Tim disse algo que, sem mais nem menos, o chocou. “A propósito, quando estava tentando controlar a hipnose, notei que parte das suas memórias foram bloqueadas.”

“O quê?”, perguntou. Havia ansiedade em seu rosto. Até minhas memórias! É por isso que tenho andado com dor de cabeça o tempo todo ultimamente? Ele perguntou: “Você pode desfazer?”

Tim resmungou e respondeu: “Eu teria pedido mais dinheiro para fazer isso, se soubesse como. Só meu sênior sabe reverter, então encontre ele e mande-o fazer isso para você.” Cansado, ele se despediu e saiu do quarto.

Toby, por outro lado, inclinou a cabeça e escondeu o semblante que irradiava um ar sério, sufocando a atmosfera do ambiente. Nunca imaginou que alguém bloquearia suas memórias, como se a hipnose já não fosse ruim o suficiente.

Que jogada, Tina!

Enquanto isso, no apartamento de Sonia, Zane recolhia os pratos após o jantar. Ela, por sua vez, ficou parada na porta da cozinha e o observou lavar a louça. “Pensei que um figurão como você não tinha a menor ideia de como fazer tarefas domésticas.”

“Fala sério. Estive no exército, por que não seria capaz de realizar tarefas domésticas tão simples?”, Zane se gabou.

“Você já foi do exército?”, perguntou Sonia surpresa.

Ele colocou a louça no escorredor. “Sim, durante muitos anos, na verdade. Se não fosse por uma coisa que aconteceu, provavelmente continuaria servindo.”

Sonia ficou surpresa com a revelação e decidiu não perguntar mais nada. Afinal, não era o tipo de pessoa que se intrometia na vida dos outros. A conversa foi interrompida pelo seu celular que estava na sala e tocou, ela foi atender a ligação.

Quando desligou, Zane perguntou com curiosidade: “Quem era?”

“Era da Embaixada. Ligaram para informar que meu visto foi aprovado”, Sonia colocou o telefone na mesa.

“Vai viajar?”, Zane arqueou as sobrancelhas.

Irritado com Tim, ele o criticou pelo que fez com Sonia. Que vergonha, Tim! Você não vale nada, seu imoral, incompetente! “Graças a Deus você está bem!”, Zane a encarou com preocupação.

“Por que veio aqui?”, disse Toby, parando o que estava fazendo.

“Vim te visitar, não é óbvio?” Zane levantou e mostrou uma cesta de frutas antes de entrar.

“Como sabia que eu estava aqui?”

“Vi você desmaiar na porta de Sonia. Até ajudei seu assistente a te trazer para cá. É para isso que servem os amigos, né?”, disse e largou a cesta e sorriu como se tivesse outros motivos para estar ali.

Toby fechou os punhos sobre o teclado, sabia que seu amigo havia lhe dito aquilo intencionalmente. Fechou o notebook e perguntou: “Por que passou no apartamento dela tão tarde?”

Zane pegou uma cadeira e se sentou. “Bem, isso é entre mim e ela. E você? Por que foi até lá num horário tão inusitado? Não tem medo que Tina descubra?”

“Não estou nem aí se ela ficar sabendo, porque vamos cancelar o noivado, de qualquer forma”, disse ele com indiferença ao colocar o notebook na mesa de cabeceira.

Zane ficou sério. “E depois? Vai reconquistar a Sonia e se casar com ela de novo?” Ele estava irritado, era óbvio.

Toby comprimiu os lábios e disse: “Não é da sua conta.”

“Discordo. Não se esqueça o que prometeu, disse que não se meteria enquanto eu tentasse sair com a Sonia. O que estava pretendendo ao se confessar para ela?”, disse Zane levantando-se.

O homem hospitalizado olhou-o com calma e disse: “É, eu a amo, por isso vou reconquistá-la e casar com ela! Mas você! Você sabia que eu não amo a Tina, nós dois sabemos muito bem o que você quer ao me contar essas coisas!”

“Eu...”, Zane engoliu em seco e cerrou os punhos. “Admito que o motivo pelo qual eu falei aquilo é porque não quero que você volte atrás no que disse e tente ficar com Sonia, mas não achei que seria tão cedo. Além disso, você me prometeu, não tem vergonha?”