As surpresas do divórcio romance Capítulo 267

Slam!

Com a porta agora fechada, o ambiente ficou em silêncio de imediato. Sonia encarou as mãos que Toby segurava e disse: “Charles não está mais aqui, Sr. Fuller. Pode me soltar agora?”

Ele a soltou com um aceno. E a soltou, dando dois passos para trás para manter distância.

“O que exatamente quer falar comigo?”, perguntou Sonia.

Ele olhou sério para ela e respondeu: “Eu não estava mentindo quando disse aquelas coisas na sua casa. É tudo verdade, a pessoa que eu amo é você, não Tina!”

Sonia deu uma risada fingida. “O que eu tenho, Sr. Fuller, que seja digno do seu coração? Não contente em mentir para mim, juntou forças com sua avó para fazer o mesmo?”

Ainda não estava disposta a acreditar nele, Toby suspirou. “Você ainda se lembra de John?”

A expressão de Sonia se alterou à menção do nome. “Como você o conhece?”

Ela é mesmo a Maple verdadeira! O rosto de Toby relaxou e ele respondeu: “John Johann é meu outro nome. Minha mãe costumava me chamar de John e, naquela época, usei o sobrenome dela!”

“V-Você...”, com os olhos arregalados, a mulher apontou para ele descrente. Enfim concluiu que ele era seu amigo!

Como se soubesse o que ela queria dizer, abaixou a mão dela com gentileza. “Eu sou o John em quem você está pensando, Maple!”

Ele a chamou pelo seu codinome, não podia mais negar que era com ele que trocava mensagens. Apenas teve dificuldade em aceitar a verdade.

“Como pode ser você?”, Sonia hesitou, aquilo tudo parecia ridículo. “Por que você seria John?”

O garoto gentil que a confortava com suas cartas sempre que era maltratada pela madrasta e quando estava triste na verdade era Toby!

“Por que não pode ser eu?”, Toby franziu a testa e perguntou: “Ou está desapontada que John na verdade seja eu?”

Ela estava decepcionada. Não queria que ele fosse John!

Diante da reação, sentiu o coração se afligir. Foi até ela animado para contar que eram correspondentes, imaginando que ela ficaria feliz em saber que ele e John eram a mesma pessoa, já que foram tão próximos um do outro no passado. Nunca imaginou que ela reagiria daquela forma!

Talvez não estivesse descontente em vê-lo, só não queria aceitar quem ele de fato era.

Se fosse outra pessoa, não teria reagido daquela forma. Toby cerrou os punhos ao pensar, era como se um ar frio emanasse dele.

Sonia respirou fundo e o encarou. “Lamento, Presidente Fuller. Sim, estou um pouco decepcionada porque você não é nem um pouco parecido com o John que eu conheço.”

Não havia qualquer semelhança. Na verdade, o Toby de seis anos atrás pelo menos era um pouco mais similar a ele.

Quando o conheceu tinha apenas 12 anos de idade, estava no Ensino Fundamental. Certa vez sua meia-irmã quebrou um vaso, mas a acusou. Seu pai não estava em casa, então sua madrasta bateu nela. Chateada, ela se trancou no quarto, escreveu uma carta e a enviou.

Pouco depois recebeu um alerta de que alguém havia respondido à carta, e essa pessoa era John. Foi quando se tornaram amigos virtuais.

Ele sempre respondia suas perguntas e era paciente quando estava frustrada. Além disso sugeriu várias formas de lidar com sua cruel madrasta. Podia-se dizer que foi o responsável pelo amadurecimento de Sonia apesar da presença da esposa de seu pai.

Apaixonou-se por Toby à primeira vista e quis conhecê-lo melhor quando estava no Ensino Médio. Quanto mais conversavam, mais percebia que ele e John possuíam um caráter semelhante e eram gentis. Na ocasião, perguntou-se se estava mesmo com Toby e se ele a trataria da mesma forma que John, já que os dois se pareciam tanto.

Ela até perguntou para John a respeito. Não disse de quem gostava, apenas descreveu um rapaz mais velho que havia se formado há muito tempo e queria que seu amigo lhe desse uma resposta. Se a resposta fosse o que imaginava, reuniria coragem para confessar seu amor por Toby, que, na época, havia assumido o Grupo Fuller.

Daquela vez a resposta não foi pontual como costumava ser. Costumava receber suas mensagens todo domingo, mas ele só lhe respondeu meio mês depois. E, mesmo assim, não respondeu à pergunta, mas sugeriu que se encontrassem e explicou que tinha coisas importantes que queria dizer pessoalmente. Deixou um número de telefone na carta e pediu que ela o salvasse.

Ela fez o que lhe pediu, ligou, e John atendeu, porém ele parecia estar muito doente, a voz estava fraca e ofegante. Após anotar o endereço, a data e a hora do encontro, ouviu o que pareceu ser um médico dizer que ele seria encaminhado para a sala de cirurgia e desligaram.

Um mês depois, na data do encontro, ela foi ao lugar combinado e esperou até anoitecer, mas, para sua tristeza, ele não apareceu. Além disso, não atendeu às suas ligações, então, desapontada, foi embora. Na manhã seguinte, contudo, ele pediu para que não lhe escrevesse mais.

Aquele foi o fim do relacionamento entre ela e John. E, para seu espanto, ele e o homem de quem gostava naquela época eram a mesma pessoa, Toby Fuller!

“Você tem razão, é verdade que John e eu não somos parecidos agora”, Toby olhou para baixo. Desperto da hipnose, aos poucos lembrou-se de como costumava ser. Sabia, no entanto, que mesmo recuperado, não era mais o homem gentil de antes após conhecer o mundo dos negócios.

“De que adianta falar sobre isso? Mesmo que seja o John, e daí? O que isso tem a ver com o fato de dizer que me ama?”, Sonia falou com indiferença e respirou fundo para conter as emoções que se agitavam dentro dela.

“Claro que tem a ver!”, os lábios de Toby se moveram. “Me apaixonei por Maple anos atrás. Nem eu acredito. Na verdade, me apaixonei pela garota que nunca conheci a não ser pelas cartas. E aquela garota é você, Sonia!”

“Espera!”, Sonia fez um gesto apressado para que ele parasse. “Você disse que se apaixonou por mim quando eu ainda dizia me chamar Maple?”

“Sim!”, Toby assentiu.

Ela riu com escárnio. “Acha que eu vou acreditar nisso? Você e Tina começaram a namorar há seis anos. Isso significa...”

“Não!” Ele sabia o que ela iria dizer e a interrompeu e explicou com seriedade: “Nunca gostei dela. A mulher que eu amo sempre foi você. Fiquei com ela todos esses anos porque pensei que fosse você.”

“O quê?”, Sonia ficou atordoada. “Achou que ela era eu?”

Toby assentiu e disse: “Li na sua carta há seis anos que você queria confessar seu amor por alguém. Não consegui aceitar, então escrevi de volta e pedi para nos encontrarmos, assim eu poderia dizer pessoalmente que sempre te amei e que queria ficar com você. Mas você não apareceu e sim a Tina!”

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