As surpresas do divórcio romance Capítulo 296

Ele estava entre a cruz e a espada; se saísse da Paradigm Co., seria imediatamente substituído e sendo colocado em uma lista negra, não conseguiria se juntar a nenhuma outra empresa. Não teria para onde recorrer e toda a sua carreira estaria arruinada.

Além disso, ele nunca teve a intenção de sair.

Toby manteve seus olhos na mulher enquanto perguntava: “Então, o que acha?”

Por mais que ela não gostasse da ideia de manter Asher por perto, estava mais cautelosa em relação à ideia de ter colaboradores de outra companhia trabalhando na empresa. Com isso em mente, concordou e respondeu: “Bem, o Presidente Dafoe disse que estava apenas brincando, então vou acreditar em suas palavras e relevar esse incidente.”

“Está bem, então.” Ele ficou desapontado, pois esperava que concordasse com sua sugestão e permitisse que o atual Presidente e seus subordinados deixassem a Paradigm Co. Dessa forma, ele poderia enviar sua equipe conforme prometido e usar como desculpa para vê-la com mais frequência.

Asher soltou um suspiro aliviado ao ouvi-la. Graças a Deus ela tem bom senso; caso contrário, estaria perdido!

Sonia o encarou. “Ainda planeja se opor à minha decisão de retirar a empresa da bolsa, Presidente?”

Ele não queria ceder, mas analisando a atual situação, engoliu sua resposta e concordou imediatamente. “Claro que não. Pode fazer o que quiser.”

“Nesse caso, vou divulgar a decisão. Agora, há mais alguma coisa que queira discutir?” Ela praticamente o expulsou de seu escritório.

Com um sorriso forçado, respondeu. “De modo algum. Continue com o seu trabalho. Não vou mais incomodá-la.”

No momento em que se virou, o sorriso em seu rosto foi substituído por uma expressão de raiva.

Ele havia entrado no escritório com o pensamento de que poderia persuadi-la a renunciar a parte de sua autoridade, ameaçando sair da empresa caso não o fizesse.

O que ele não esperava era que Toby arruinasse seus planos. Com as coisas como estão, ele a defenderia enquanto durasse essa parceria. Isso só tornará as coisas mais difíceis, pensou. Tenho que encontrar uma maneira de acabar com essa parceria!

Após Asher sair derrotado, a paz e a serenidade voltaram ao escritório. Sonia ajeitou o cabelo atrás da orelha enquanto agradecia a ajuda.

O homem a encarou. “Você já me agradeceu meia dúzia de vezes hoje.”

Ela se sentou e disse: “Eu sei, é apenas por educação.” Na verdade, tinha certeza de que poderia lidar com Asher sozinha, mesmo sem sua interferência. Antes disso, ela já havia decidido enfrentá-lo, caso se opusesse à retirada da empresa da bolsa. Se a ameaçasse sair da empresa, bem, ela não o impediria de forma alguma.

O pior que poderia acontecer seria ela ter que reduzir a Paradigm Co. e transformá-la em uma pequena ou média empresa. Desde que a empresa continuasse existindo, ainda havia uma chance de que pudesse crescer e recuperar sua antiga glória como uma companhia.

Toby contornou a mesa e sentou-se em frente a ela “Não precisa me agradecer por educação. Sei que as coisas têm sido tensas por aqui; mas, poderia ter aproveitado a chance para expulsá-lo da empresa., se quisesse.”

Ela o encarou. “Sei disso, não achei que houvesse necessidade de medidas tão desesperadas.”

“É isso que realmente pensa? Ou simplesmente odeia a ideia de ter minha equipe sob seus olhos?” Ele a encarou intensamente enquanto perguntava.

Ela ameaçou dizer algo, mas acabou sem dizendo nada e virou o rosto.

Ele soube instantaneamente que estava certo. Ela não queria sua equipe sob sua supervisão e embora isso o frustrasse, apenas deixou o assunto de lado.

Nesse ponto, Sonia pegou o telefone em sua mesa e ligou para a linha de Daphne. “Prepare todos os documentos para a retirada da empresa da bolsa e envie-os ao departamento do governo responsável.”

“Mas o Presidente era contra a retirada, não é?” Daphne apontou.

Exausta, respondeu. “Ele mudou de ideia.”

“Mesmo?”

“Sim!”

Daphne sorriu com a reviravolta dos acontecimentos. “Isso é maravilhoso. Vou começar a preparar os documentos imediatamente.”

“Certo.” Com um último acordo, colocou o telefone no gancho e encerrou a ligação.

Toby pegou seu telefone e disse com calma: “Vou ligar para o departamento do governo e pedir que processem o pedido de retirada assim que sua secretária chegar.”

A mulher soltou um pequeno sorriso, pois ficou um pouco surpresa com a ajuda que havia recebido hoje. “Está bem.”

Ele se levantou da cadeira e saiu para fazer a ligação e alguns minutos depois, retornou com uma expressão assustadora.

Ao vê-lo, ela sentiu a pele arrepiar com uma sensação ruim. “O que foi? O que o departamento disse?”

“Não, nada disso.” Então, guardou o telefone e explicou: “É que há uma multidão de repórteres esperando na entrada da empresa. Diria que são cerca de quarenta ou cinquenta.”

Ele havia trazido apenas uma equipe de segurança de tamanho médio, embora a dúzia deles fossem todos fortes, não conseguiriam segurar uma multidão daquele tamanho. Por isso, antes de voltar para o escritório, ligou para a empresa de segurança e pediu que enviassem mais homens, mas levariam pelo menos dez minutos para chegarem.

Ao saber da presença dos repórteres, Sonia sentiu uma leve dor de cabeça. “Aposto que isso tem a ver com a transmissão da Tina. Quando ela postou nas redes sociais, cerca de vinte ou trinta repórteres, com internautas enlouquecidos, apareceram para exigir declarações e comentários. Pedi para Daphne chamar a polícia e tirar esses internautas, mas os repórteres têm liberdade de imprensa, então não pudemos fazer nada.”

Desde que a imprensa não estivesse reunida em uma área estritamente proibida, a polícia não poderia fazer nada, o que era um ponto delicado para muitos.

Ele levantou o queixo e resmungou: “Faz sentido.”

Tom havia dito a ele mais cedo que alguns internautas trouxeram coroas de flores e lâminas de barbear para ela como forma de ameaça. Porém, quando chegou, não viu esses internautas. Acontece que a polícia os havia levado.

“O que quer dizer com isso?” Ela perguntou, sem saber do que estava falando.

Ele soltou um sorriso e desconsiderou: “Nada.”

Ela não insistiu, vendo que ele não tinha intenção de contá-la.

A transmissão havia terminado há algum tempo e toda a internet só falava sobre isso. Agora, a atenção em torno de Sonia facilmente superava o das celebridades polemicas.

Alguns fãs dessas celebridades até fizeram questão de agradecê-la na seção de comentários de suas redes sociais, alegando que suas ações fizeram os crimes de seus ídolos parecerem insignificantes em comparação. A maioria dos comentários em sua página eram brutais e cruéis.

Ela sabia que tudo foi feito para destruí-la por completo. Ela acha que pode me acusar de tudo isso porque não tenho meios ou provas para limpar meu nome, mas se ela vai sair impune, dependera de Tim e de sua disposição para dar uma boa explicação.

Enquanto saía de seus pensamentos, Sonia olhou para a tela do computador e viu que eram quase 12h30.

Ele não sairia à luz do dia para esclarecer as coisas ou confessar seu papel em tudo isso. Ela teria que esperar até a noite.

De repente, seu celular tocou. Olhou para a tela do telefone e ficou chocada.

Curioso, perguntou: “Quem é?”

“Um policial da delegacia”, respondeu, franzindo os lábios. “Receio que um dos fãs de Tina tenha realmente registrado uma denúncia.”

Ela deslizou o dedo na tela do telefone para atender a ligação. A pessoa do outro lado a cumprimentou: “Boa tarde, srta. Reed. Aqui é a Delegacia de Polícia de Seafield. Recebemos uma reclamação na Internet alegando que você ajudou e instigou um ataque contra outra pessoa. Precisamos que venha à delegacia imediatamente para nos explicar melhor.”

Com o telefone ainda pressionado em seu ouvido, ela encarou Toby, que dizia: “Viu, eu disse.” Então, ao se concentrar no policial ao telefone, respondeu com firmeza: “Entendido. Chegarei em breve.” Desligou a chamada e se levantou da cadeira.

Ele também se levantou. “Você vai à delegacia?”

Sonia pegou sua bolsa. “Sim, para ajudar na investigação. Acho que é uma coisa boa; meu nome pode ser limpo quando descobrirem que não tive nada a ver com isso.”

Enquanto arrumava suas mangas, o homem se ofereceu: “Também vou.”

Ela queria dizer não, mas quando viu seu olhar de teimoso, teve a sensação de que a seguiria de qualquer maneira. Suspirando, caminhou até a porta. “Conforme desejar.”

E com um pequeno sorriso, ele caminhou ao seu lado.

As equipes de segurança que havia sido solicitada já estavam no elevador quando os dois entraram. Ele instruiu os seguranças a irem para o estacionamento e segurarem a multidão de repórteres.

Somente quando o capitão das equipes de segurança garantiu que estava tudo sob controle é que ambos saíram do elevador, mas assim que saíram, foram avistados pelos repórteres, que estavam sendo contidos.

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