As surpresas do divórcio romance Capítulo 298

“O quê?” Sonia virou para ver de onde vinha a voz, mas antes que pudesse perceber o que estava acontecendo, seu corpo foi puxado.

Toby a puxou com força enquanto a girava para o outro lado, segundos antes de ouvirem o vidro do lado do motorista quebrar. Logo em seguida, um barulho, semelhante ao zumbido de uma corrente elétrica, ecoou pelo espaço.

Nesse momento, ele gritou.

Assustada com o grito, o suor frio em sua testa e sua palidez, perguntou: “O que foi? Está tudo bem?”

Ele soltou o abraço sem responder e segurou sua mão, que tremia ligeiramente.

Seu olhar caiu sobre a mão do homem, antes que pudesse ficar apavorada: “Sua mão...”

“Minha mão está bem. E você? Está tudo bem?” A encarando ansioso, com o rosto pálido, o medo em seus olhos era genuíno.

Ela não conseguia falar. Ele é idi*ta? Sua própria mão está ferida, mas está mais preocupado comigo!

Ele ficou sério ao não ouvir uma reposta “Você se machucou?”

“Não.”

Ele manteve o olhar fixo, só após ter certeza de que estava dizendo a verdade, que ficou calmo: “Que bom.”

“Que bom? Do que está falando?” Ela o encarava com raiva. “Olhe para a sua mão!”

“Não é nada”, insistiu.

Ela apontava para sua mão, incrédula. “Nada?”

Havia uma ferida aberta do tamanho de uma tâmara na parte de trás de sua mão direita. A pele parecia ter sido arrancada, havia sangue e carne expostos; as bordas da ferida eram irregulares e queimadas, resultado de uma corrosão severa.

Sonia poderia facilmente reduzir a lista de substâncias potenciais capazes de tal erosão: ácido!

Ao pensar nisso, dirigiu seu olhar gélido ao local onde estava antes. Não demorou muito para ela juntar as peças do quebra cabeça. O ácido havia corroído a tinta do carro antes de escorrer e formar uma poça no chão.

Acontece que o homem que a chamara de mulher maldita havia tentado matá-la, ao arremessar uma garrafa com ácido sulfúrico. Quando Toby percebeu, reagiu instantaneamente puxando-a para seus braços e protegendo-a do ácido. Mas, quando a garrafa de vidro atingiu o carro e se espatifou, um pouco de ácido deve ter respingado em sua mão, causando a horrível queimadura.

Em outras palavras, se ele não a tivesse salvado a tempo, a garrafa de ácido teria acertado em cheio e seu conteúdo a teria queimado viva.

Se isso acontecesse, ela até poderia ter a sorte de sobreviver, mas sua pele ficaria desfigurada. Ela se esconderia para sempre para evitar que alguém a visse nesse estado.

Um medo avassalador surgiu ao pensar nessa possibilidade, mas logo foi substituído por uma raiva esmagadora.

Ela apertava os punhos, com os olhos vermelhos, enquanto encarava o autor do crime.

O chefe de segurança o deteve. O agressor era um homem com aparência comum e tinha um par de luvas enfiadas na boca para evitar que falasse. Ainda assim, sua expressão era ameaçadora o suficiente para fazer qualquer pessoa se arrepiar de medo.

Ela não tinha ideia de quem ele era, muito menos o motivo para fazer algo dessa magnitude. Mas isso não importava, porque tudo seria esclarecido assim que a polícia assumisse o caso.

...

Os repórteres, não muito longe dali, haviam testemunhado o incidente, assim como o público assistindo à transmissão ao vivo. Todos estavam chocados com a reviravolta impressionante dos acontecimentos.

Eles não imaginavam que alguém tentaria fazer algo tão terrível assim. Um evento dramático como esse só se vê em novelas, mas ali estavam eles, testemunhando o ataque. Em pouco tempo, chegaram a um consenso coletivo de que deveriam espalhar essa notícia chocante o mais rápido possível.

Do outro lado do estacionamento, Sonia não deu atenção à multidão de repórteres e voltou para o lado de Toby. Ela estava preocupada com sua mão.

“Me dê suas chaves”, exigiu rapidamente. “Tenho que te levar ao hospital e não posso dirigir meu carro.”

Ele respondeu: “As chaves estão no meu bolso esquerdo.”

A resposta a deixou irritada, pois era vaga e isso fazia com que perdessem tempo, considerando que estava com pressa para levá-lo ao médico. “Quer dizer o bolso da calça ou do casaco?”, resmungou.

Droga, eu enfiei a mão no bolso das calças sem pensar! Ela ficou vermelha até a ponta das orelhas e rapidamente pegou as chaves. Olhou para o outro lado, envergonhada, evitando seu olhar. “Desculpe, não era minha intenção.”

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