As Várias Identidades Poderosas da Filha Perdida Rica romance Capítulo 1126

"Vim ver o Felipe." Giovana disse, com as mãos no bolso do sobretudo, seu olhar atravessando a fria grade de ferro do corredor da delegacia.

Francisco fez um som de desaprovação, enquanto folheava o livro de registros com um ruído alto: "Aquele Felipe, já é um velho conhecido aqui na delegacia. Anteontem, ele ainda causou uma algazarra com alguns colegas."

"Sim, eu só quero fazer algumas perguntas a ele."

"Muito bem, vou levá-la até lá."

Francisco guiou Giovana até a área de detenção, onde o portão de ferro se abriu lentamente, liberando um odor misto de suor e desinfetante.

No recinto onde Felipe estava, alguns jovens tatuados estavam sentados em círculo. Quando viram Giovana entrar, lançaram olhares ávidos e excitados em sua direção.

Ao perceber que Francisco ainda estava com Giovana, um deles fez um comentário atrevido: "Como é? Essa moça vai ficar no nosso espaço?"

Parece que não esperavam que uma jovem mulher entrasse ali.

Um dos jovens lambeu os lábios, um sorriso lascivo se formando em seu rosto, e piscou para os companheiros: "Olhem só, rapazes, de onde saiu essa beldade? Não é possível que é um presente dos céus para nós?"

Outro jovem, com cabelo moicano, também provocou: "Sr. Duarte, uma moça tão bonita assim, enviada para cá... Nos sentimos lisonjeados, hahaha."

As risadas deles ecoaram na cela apertada, e suas palavras vulgares eram repulsivas como uma poça de lama.

O rosto de Francisco se fechou em uma expressão sombria. Ele deu um passo à frente e chutou violentamente a cama de ferro ao lado, o estrondo ensurdecedor silenciando os jovens tatuados instantaneamente.

"Calem a boca!" Francisco rugiu, sua voz trovejante fazendo os ouvidos de todos vibrarem. "Ela é nossa funcionária, está aqui para investigar um caso. Se continuarem com essas besteiras, vão passar o resto da vida na solitária!"

Felipe tinha pavor de ficar sem dinheiro para apostar. Comida, roupa e acomodação de má qualidade não o incomodavam, mas não poder jogar era como uma sentença de morte.

Mas ele não acreditava que Giovana estivesse dizendo a verdade.

Vanessa era sua filha, ela nunca o abandonaria.

Além disso, ele estava ali por causa dela, ela não podia ser ingrata.

Ele ainda esperava que Vanessa proporcionasse uma vida confortável para ele.

Seus olhos brilharam por um momento, mas ele rapidamente recuperou a compostura: "Estou dizendo a verdade, ninguém me mandou. Foi tudo ideia minha. Quanto à Vanessa, não a culpo por não me querer como pai. A culpa é toda minha."