As Várias Identidades Poderosas da Filha Perdida Rica romance Capítulo 1246

No momento em que Giovana saiu do escritório, os outros se aproximaram para olhar o enunciado da prova e todos ficaram confusos, com interrogações pairando sobre suas cabeças...

O quê?

Giovana entrou na sala de defesa cronometrada exatamente quando soou o sinal do exame.

Por um instante, parecia que o auditório, tão imenso quanto o Palácio do Planalto, concentrava todos os olhares nela.

Ela era Giovana...

Primeiro lugar na prova da manhã!

Ignorando os olhares ao redor, ela prendeu novamente o rabo de cavalo que estava solto, lançou um olhar para a posição da equipe ‘brasil’ e caminhou até lá.

Depois de se sentar, Giovana observou a bancada dos jurados, percebendo que Lucy e Rogério já estavam em seus lugares.

Os responsáveis pelas perguntas cochichavam entre si, sem que se pudesse entender o assunto.

Provavelmente, as três questões apresentadas por Giovana mais cedo realmente os haviam deixado em dificuldades.

O examinador principal, Zuriel, pigarreou e ajustou os óculos: “Agora iniciaremos a primeira etapa da defesa: como realizar uma simulação de caso clínico utilizando robôs.”

Quando o telão acendeu, Giovana escutou o som de pessoas prendendo a respiração ao redor.

O que foi projetado era uma imagem de tomografia computadorizada, cujos vasos cerebrais, intrincados como teias encharcadas de tinta, mostravam um caso raro e de extrema complexidade: “Malformação arteriovenosa cerebral com aneurisma”, um desafio mundial na medicina.

“Solicitamos que cada equipe apresente, em 30 minutos, uma proposta cirúrgica e explique a previsão dos riscos durante o procedimento.”

Assim que os dedos de Giovana tocaram o botão de resposta, a equipe representante do país M à sua direita foi mais rápida e apertou o botão primeiro.

O colarinho do jaleco branco de Amilcar estava levemente aberto e sua voz tinha um tom de confiança calculada: “O caso é excessivamente complexo, sugerimos a cirurgia tradicional com craniotomia, utilizando instrumentos microcirúrgicos para separar gradualmente os vasos anômalos.”

Aplausos esparsos ecoaram pelo auditório.

“Observem aqui.” Ela apontou para uma bifurcação dos vasos cerebrais.

Disse: “Na cirurgia tradicional, são necessários pelo menos 45 minutos para expor a área, mas com o robô, conseguimos atingir o núcleo da lesão em 15 minutos, utilizando um microcateter de 0,3 milímetro.”

O silêncio permitiu que se ouvisse claramente a respiração dos presentes.

O representante do país R consultou o relógio, como se pudesse ver o ponteiro dos minutos avançando.

Giovana exibiu um quadro comparativo: à esquerda, as taxas de complicação da cirurgia tradicional; à direita, os resultados simulados da cirurgia robótica. A curva indicando uma redução de 67% no risco cortava a desconfiança como um bisturi afiado.

“Mas o robô não possui feedback tátil. Como evitar danos às artérias perfurantes?” A voz de Lucy veio da bancada dos jurados.

“Por meio de algoritmos.” Giovana exibiu a interface do código-fonte, linhas de dados verdes fluindo como uma cascata.

“Desenvolvemos um banco de dados anatômico dos vasos cerebrais da população brasileira, e a posição de cada artéria perfurante foi validada em cem mil exames clínicos.”