Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 244

Willian inocentemente se tornou um alvo!

Ele olhou para o pequeno garoto com uma expressão de incredulidade, que estava tentando parecer ameaçador.

Otilia sorriu, e acariciou a cabeça dele, "Ninguém pode me intimidar."

Breno levantou os olhos, notando o ferimento em sua bochecha, "Quem fez isso?"

"Eu me machuquei sem querer."

"É mesmo?" Breno não parecia convencido. Ele lançou olhares suspeitos em direção a Willian de tempos em tempos, como se estivesse olhando para um suspeito de um crime.

Willian sentia uma veia pulsar em sua testa de frustração. Se não fosse pela relação próxima desse garoto com Otilia, ele teria gostado de dar uma lição nele para ensiná-lo o porquê das flores serem tão vermelhas.

"É verdade." Otilia acenou afirmativamente com a cabeça.

Breno sabia que ela estava escondendo algo, mas se ela não queria falar. Ele tinha de fingir que não sabia de nada, "Irmã Otilia, se alguém tentar te intimidar novamente, me avise. Eu vou te defender."

"Está bem."

Como ela poderia repetir os mesmos erros do passado nesta vida, permitindo que alguém a maltratasse novamente?

"Deixe-me cuidar do seu ferimento."

Otilia estava prestes a dizer que não era necessário, mas o Breno correu para dentro da casa, voltando com uma caixinha velha. Com habilidade, limpou o ferimento e aplicou um curativo.

"Pronto." Breno estava satisfeito com seu trabalho. Ele aconselhou como um adulto, "Não pode molhar. Senão, vai cicatrizar mal. Tem de ficar bonita, irmã Otilia."

"Entendi."

A razão pela qual ela havia mantido aquela cicatriz horrível e horrorosa na sua vida passada era que ela tinha de ficar se lembrando de que devia uma vida a ele e a Família Barreto devia uma vida a ele.

Otilia abriu a carteira, encontrando uma pilha de notas de cem reais, pelo menos dois ou três mil. Ela pegou tudo e entregou a Breno. Ele instruiu, "Guarde isso bem, e não deixe seu pai ver. Se precisar de algo, pode me ligar."

O pai de Breno era conhecido por seus vícios em jogos, bebidas e mulheres. A sua mãe havia falecido há três anos. Sem o cuidado da mãe e com um pai irresponsável, ele teve de amadurecer cedo.

Ele balançou a cabeça, recusando o dinheiro. Falou com um orgulho teimoso, "Eu não preciso. Eu tenho dinheiro. Ontem, vendi garrafas que encontrei e ganhei mais de cem reais."

Dizendo isso, ele tirou da bolsa velha uma pilha de notas amassadas.

"Irmã, olha."

Breno mostrou o dinheiro como se fosse um tesouro.

"Que bom." Otilia bagunçou seu cabelo, mas ainda enfiou o dinheiro no bolso dele, "Isso é da irmã para você. Se não aceitar, vai ficar chateado comigo?"

Usando essa tática, Breno não teve escolha a não ser aceitar o dinheiro com uma expressão resignada.