Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 556

"Além disso, se vocês forem cercados e pressionados, usando a minha vida como chantagem, ou em um momento de desespero, me usarem como escudo, não estaria eu em um beco sem saída?"

"Eu ainda sou muito jovem, não quero morrer tão cedo."

"Prefiro dar uma sugestão agora, para vivermos um pouco mais, do que morrer passivamente quando chegar a hora."

Ela apresentou razões suficientes e lógicas, convencendo ambos, mas por serem cautelosos, não confiavam completamente na sua ideia.

Otilia, vendo a hesitação deles, soltou uma risada irônica.

"Estou amarrada por vocês dessa maneira, e ainda estão preocupados que eu possa fugir?"

"Ou será que você acha que uma pessoa não é capaz de me vigiar?"

Otilia olhou para Iran com seus grandes olhos, cheios de desprezo e incredulidade, quase dizendo 'você não pode ser tão inútil a ponto de não ter confiança em si mesmo'.

"O túnel que fica a dez quilômetros daqui está se aproximando. Já se decidiram? Se perdermos essa chance, qualquer outro lugar faria com que Jeremias Capelo fosse visto pelos que vêm atrás."

"Se querem me levar sem chamar atenção, essa é a única oportunidade. Se a perderem, só restará uma opção: se renderem pacificamente."

Jimin e Iran não responderam, mas conversaram rapidamente numa língua que só eles entendiam.

Otilia não compreendia, mas pelas expressões deles, era evidente que haviam concordado com sua ideia.

Muito bem, perfeito!

Ao entrarem no túnel, Jimin parou o carro no acostamento de emergência, e Iran puxou Otilia para fora. O carro então foi reiniciado e partiu.

Otilia e Iran assistiram ao carro se afastar.

Pouco depois de o carro partir, as sirenes da polícia foram ouvidas se aproximando. Iran arrastou Otilia para um canto, assistindo de longe o carro da polícia passar, e só então, lentamente, saíram do túnel.

Após saírem, eles pularam a cerca da rodovia.

Como se isso não fosse provocação suficiente, Otilia continuou: "Realmente não esperava que vocês fossem tão ingênuos. Acreditar e aceitar minha sugestão."

Ao ouvir suas palavras cheias de desprezo, Iran ficou furioso, fixando um olhar feroz nela.

Iran deu uma risada fria, "Se libertar das cordas não vai te servir de nada, eu posso te amarrar novamente."

Otilia sorriu levemente, "Então por que não tenta?"

Ambos atacaram ao mesmo tempo, cada golpe era letal.

Iran vivia à beira do perigo, Otilia também havia aprendido a lutar por sua sobrevivência.

Ambos eram implacáveis, não deixando chance para o outro.

Era um confronto de vida ou morte.