Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 557

Era uma questão de vida ou morte.

Ninguém ousava relaxar, ninguém ousava facilitar.

Após dezenas de movimentos, ambos tinham marcas de contusões pelo corpo, cada um com seus ferimentos.

Iran olhava para a mulher à sua frente, surpreso, não imaginava que ela soubesse lutar.

Otilia estava igualmente surpresa, admirada pela capacidade de luta do oponente.

Não é à toa que era alguém que vivia no fio da navalha, por várias vezes ele quase a deixou incapacitada.

O nível de habilidade dos dois era parecido.

Se quisesse vencer, ela precisaria de uma jogada inesperada.

Inúmeros pensamentos passaram por sua mente em um instante.

Durante o combate, Otilia propositalmente expôs uma abertura, sendo chutada para o chão, ela rolou para o lado.

Quando ele se aproximou, Otilia, com um movimento ágil como um peixe saltando, lançou areia em sua direção com uma mão, enquanto com a outra agarrou um bambu previamente avistado, e o estocou diretamente no peito dele.

A ação foi extremamente rápida, um mero piscar de olhos.

Iran não conseguiu desviar a tempo, sendo atingido no abdômen.

O bambu perfurou seu corpo num instante.

Um grito de dor rasgou o silêncio da boca de Iran.

Aproveitar-se da fraqueza do adversário!

Otilia não perdeu tempo, agachou-se, pegou uma pedra grande do chão e a arremessou com força na cabeça dele.

"Ah!"

Ele ficou coberto de sangue.

Não se deve dar oportunidades a ela, pois uma vez que Otilia encontra uma chance, ela a agarra firmemente sem soltar. Mesmo que o adversário pareça não ter mais forças para resistir.

Mas Otilia não baixou a guarda, usando a corda que antes a prendia, amarrou-o.

Ela encontrou um telefone via satélite com ele e ligou para Lucas.

"Pai, sou eu."

Ao ouvir a voz da filha, Lucas quase desabou em lágrimas.

Iran arregalou os olhos, negando veementemente, "Não fui eu."

Otilia não perdeu mais tempo com palavras, falando calmamente: "Sabe, eu sempre me disse que não permitiria que pessoas próximas a mim se machucassem, especialmente por minha causa. Quem quer que faça mal às pessoas ao meu redor, eu farei questão de retribuir mil vezes."

"Se você teve a audácia de machucar a perna dela, como acha que eu deveria puni-lo?"

Os olhos de Otilia gradualmente tornaram-se mais profundos, carregando um sorriso sutilmente sinistro.

Iran estava aterrorizado.

"Não, não fui eu."

A mudança súbita na aura dela, juntamente com a atmosfera que emanava, fez com que ele sentisse perigo e medo.

Otilia fixou o olhar em suas pernas, como se ponderasse sobre como agir, ou qual delas escolheria primeiro.

"Três pernas, por qual começar?" murmurou Otilia em um tom sombrio.

Três pernas?

Ele claramente tinha apenas duas!