Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 596

A mulher branca sentiu a boa vontade de Otilia e hesitou antes de estender a mão.

Otilia pegou sua mão e a ajudou a se levantar.

As duas mulheres brancas se acalmaram e apresentaram a Otilia um sorriso amigável.

"Olá, meu nome é Helena."

"Eu me chamo Vivian."

Otilia estendeu a mão amigavelmente. "Otilia Salazar."

"Otilia, você é incrível. Isso foi capoeira?" Perguntou Vivian, curiosa.

"Pode se dizer que sim."

"Ah, que impressionante."

As três se sentaram juntas e começaram a abrir suas marmitas.

Helena perguntou, confusa: "Por que você pegou a nossa comida?"

Otilia lançou um olhar para as duas e depois para os outros no cômodo, especialmente para a mulher de cabelos roxos.

Com exceção da mulher de cabelos roxos, todos os outros olhavam para ela com curiosidade, aguardando sua resposta.

"Ela sabe o motivo." Otilia apontou para a mulher de cabelos roxos.

Catarina, a mulher de cabelos roxos, ficou surpresa por um momento e, sob o olhar inquisitivo dos outros, soltou uma risada leve. "Como eu saberia?"

Otilia sorriu e disse: "Você está aqui há tanto tempo e não percebeu nada?"

Isso aumentou a curiosidade dos outros no cômodo, que pararam de comer e prestaram atenção.

Diante dos olhos penetrantes de Otilia, Catarina deu uma risadinha. "E o que você percebeu vai mudar o quê?"

Quando ela admitiu, Otilia não disse mais nada, pois sabia que alguém faria Catarina falar.

Catarina falou de maneira leve, mas suas palavras caíram como um trovão nos ouvidos deles.

"Por que, já estando presos aqui, eles ainda precisam colocar algo na nossa comida?" Yara, a mulher africana, expressou sua confusão.

Essa também era a questão que Otilia estava ponderando.

Elas claramente não tinham mais nenhuma força de resistência e estavam confinadas neste lugar, de onde não seria fácil escapar.

Será que essa organização é excessivamente cautelosa?

Ou esse medicamento tem outro propósito?!

Para Otilia, nenhuma das opções era uma boa notícia.

Vendo que todos evitavam a comida, Catarina zombou: "Melhor comerem. Mesmo que não queiram agora ou amanhã, chegará o momento em que a fome será insuportável, e vocês desejarão comer."

Por mais rústica que fosse a expressão, era uma lógica inegável.