Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 108

“Desde pequenos, nós sempre favorecemos sua irmã, é verdade, tudo que era bom era para vocês cederem a ela, até na escolha dos presentes ela era a primeira. Mas em questões de justiça, quando foi que te tratamos injustamente?!”

O Velho Sr. Araújo repreendia Afonso, e ninguém da família Araújo ousava fazer um som.

Todos ficaram surpresos com a magnitude da irritação do Velho Senhor por causa desse assunto.

O Velho Sr. Araújo tinha seus princípios, e como o patriarca da família Araújo, ele permitia certas travessuras dos seus descendentes e entendia que eles poderiam cometer erros.

Mas ele jamais permitiria transgressões em questões de princípio.

A harmonia familiar era o aspeto mais importante para a prosperidade da família Araújo ao longo de mais de cem anos.

A atitude de Afonso havia cruzado uma linha proibida para ele.

Afonso ficou completamente assustado, paralisado no lugar.

Quando a Velha Sra. Araújo viu que já era suficiente, começou a mediar a situação, "Pronto, pronto, Velho, o Afonso só estava confuso por um momento. Fale com ele direitinho que ele vai entender. Não fique tão irritado, cuidado para não piorar sua pressão alta."

A única que ousava falar nesses momentos era a Velha Senhora de toda a família Araújo.

Em seguida, a Velha Sra. Araújo disse a Afonso: "Afonso, apesar das palavras duras do seu avô, ele tem razão. Você já viu o suéter que o Samuel está vestindo? Não são iguais às do Gabriel? Você disse que foi um presente de sua amiga, então por que ela daria uma para o Samuel? Peça ao Samuel para contar de quem ele ganhou o suéter."

Afonso ficou atônito.

Ele já havia se questionado sobre o suéter de Samuel pela manhã.

Agora, com sua avó falando, ele começou a perceber também.

Afonso então olhou para seus pais e irmão Gabriel.

De repente, percebeu que sua atitude para com eles realmente havia sido inadequada.

Ele estava irritado com a Débora, e não deveria descontar neles.

Afonso desviou o olhar, constrangido.

Patrícia falou suavemente, "Está bem, filho. Sei que você tem estado de mau humor ultimamente. Eu não te culpo por ter sido rude. Só espero que você possa entender melhor seu pai, sua mãe e seu irmão mais velho."

Afonso acenou ligeiramente com a cabeça.

Willian então disse sorrindo para Débora, "Irmã Débora, quando você tiver tempo, poderia fazer uma para mim e para o Sérgio também?"

Principalmente porque a cara de satisfação do Samuel fez com que Willian quisesse provocá-lo um pouco.

"Concordo." Foi o Sérgio, que estava saboreando as delícias culinárias, quem de repente falou, concordando.

Pensava-se que ele estava tão focado em comer que não tinha ouvido a conversa, mas ele tinha escutado tudo.

"Não." Débora ainda nem tinha falado, e o Samuel já tinha recusado, "Você não ouviu o que a vovó disse? Fazer tricô é muito cansativo para a irmã. Se vocês querem um suéter, comprem um!"

Samuel rapidamente disse a Débora: "Irmã, não escute as bobagens do Willian. Ele sempre tem uma ideia atrás da outra, e não é como se ele precisasse de um suéter!"

"Desde quando sempre tenho uma ideia atrás da outra?" O Willian se sentiu injustiçado.

Samuel o ignorou.

Gabriel serviu a sopa e, antes de ir embora, disse a Débora: "A sopa está deliciosa."

"Bom." Débora murmurou, focada na churrasqueira, sem olhar para cima para ver o Gabriel.