Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 165

Outra vez um suspiro, Velha Sra. Araújo disse à Patrícia, a mais frágil entre as três: “Patrícia, sei que isso é muito doloroso para você. Mas você é uma mãe, seus dois filhos ainda precisam de você, você precisa aprender a ser forte, a se levantar. Se você não for forte, como seus filhos poderão ser?”

A Velha Senhora sempre achou que a personalidade de sua nora mais velha era excessivamente dócil, em contraste direto com a de sua segunda nora, Elisa.

A mansidão de Patrícia não seria um problema se a família estivesse em paz, mas em tempos de crise, essa característica se tornava inútil.

Ela era a esposa legítima do primogênito da família Araújo, frequentemente necessária para sustentar os assuntos domésticos e familiares.

“Eu vou conseguir, eu vou conseguir...” a voz de Patrícia tremia levemente, mas ela respondia à Velha Senhora com certeza.

Quando a família enfrentava problemas, ela se sentia a mais fraca e incapaz.

Como mãe, ela falhou em proteger seus filhos, em mantê-los seguros, causando-lhes danos.

Ela não se considerava uma mãe adequada.

Velha Sra. Araújo então disse aos três: “Hoje, vocês todos devem voltar para casa, arrumem seus sentimentos, pensem no que devem fazer e, quando tiverem clareza, venham encontrar Débora.”

Velho Sr. Araújo concordou com sua esposa: “Sua mãe está certa, voltem e tentem se acalmar. Vocês estão um pouco emocionais agora. Quanto à Débora, nós cuidaremos dela por enquanto.”

Velho Sr. Araújo e Velha Sra. Araújo preferiam não deixar Eduardo e os outros dois nesse estado para ver Débora.

Curar feridas requer tempo e nutrição lenta, não uma solução rápida e brusca.

O Velho Senhor e a Velha Senhora praticamente os mandaram embora.

Para Eduardo e os outros verem Débora novamente, eles precisariam primeiro voltar para casa.

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Quando Samuel chegou em casa, estava inquieto. Mesmo tendo clareado as coisas em sua mente, e irmã Débora ter dito que divulgou o vídeo, ele ainda estava incerto sobre como enfrentar sua mãe.

Ela não podia deixar que seu marido soubesse a verdadeira origem de seus ferimentos.

“Então, da próxima vez, seja mais cuidadosa. E não esqueça de passar algum remédio no machucado.”

Pedro só viu o galo na testa de Elisa, desconhecendo as dezenas de hematomas e inchaços pelo seu corpo.

“Sim.” Elisa assentiu e, como de costume, começou a preparar o jantar para o marido.

Ela estava com dor até para caminhar, mas suportava em silêncio.

Ela não podia deixar ninguém saber dos seus ferimentos, nem que havia sido brutalmente agredida por Débora.

Ela teve que suportar a dor que Débora lhe causou.

Mas ela não tinha se dado por vencida; ainda havia uma chance.