Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 196

"Claro que pode, desde que a querida esteja feliz, não tem problema algum em morar na casa antiga quanto tempo quiser. Um dia, eu deixarei esta casa para você, e poderá viver aqui pelo resto da sua vida." A Velha Sra. Araújo sentiu uma pontada de dor no coração e apressou-se em responder.

A Velha Senhora não esqueceu que, naquela época, Débora foi enviada pelos pais para ficar com ela.

Ela já havia sido abandonada uma vez e temia ser abandonada novamente.

Sua querida sempre terá um lar, nunca ficará sem um lugar para ir.

De repente, a Velha Senhora sentiu um medo preocupante. Com sua idade avançada, temia que um dia pudesse partir de repente, deixando sua querida desamparada e sozinha.

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No dia seguinte, pela manhã, Afonso foi oficialmente admitido no instituto, com Gabriel e Patrícia o levando até o quarto do hospital do instituto.

A pessoa responsável pelo acolhimento era Henrique, que, embora não precisasse pessoalmente fazer isso, insistiu em vir.

Afonso, com dezessete anos, após ter passado um período sombrio e triste, finalmente mostrava um pouco de brilho no rosto, embora ainda parecesse muito aquém do jovem cheio de vida de antes.

Seu rosto jovem e bonito não tinha mais a aura radiante de antes, evidenciando o quanto ele sofreu recentemente.

"Olá, Sr. Afonso, já nos encontramos antes, então acredito que não seja necessário dizer quem sou."

Henrique explicou brevemente o procedimento e as regras do instituto para Afonso.

"Agora vamos fazer alguns exames básicos."

Dizendo isso, Henrique chamou um assistente, dizendo que precisavam aplicar uma injeção em Afonso.

Então, pediu que Afonso baixasse as calças.

"Baixar as calças?" Afonso perguntou, confuso. "Por que preciso baixar as calças?"

"Porque essa injeção precisa ser aplicada no seu bumbum, é uma injeção intramuscular."

Henrique segurava a seringa com um sorriso perfeitamente profissional no rosto.

"Mas eu machuquei a mão." Afonso franziu a testa.

"Claro que sei que você machucou a mão, mas não significa que a injeção será na sua mão. Você não acha? Por favor, Sr. Afonso, confie na nossa profissionalidade."