Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 197

Ao perceber que não conseguiria manter o segredo, Henrique sussurrou para Glória sobre o que tinha acabado de fazer, injetando uma medicação no traseiro de Afonso.

"Meu Deus! Por que não disse antes? Uma injeção só não é suficiente! Tem que preparar mais algumas!"

Glória falou, se dirigindo ao quarto do hospital.

Henrique rapidamente segurou Glória, "Glória, por favor, se acalme. Uma ou duas vezes dessas já são suficientes, mais do que isso não é bom. Afinal, eles não são tolos, o irmão e a mãe dele ainda estão por perto! Além disso, esse homem agora tem seu valor, podemos usá-lo para a operação da irmã Débora. Se a operação for um sucesso, irmã Débora será reconhecida por seu trabalho."

Após refletir, Glória achou que havia alguma lógica no argumento.

"Tudo bem, por agora vamos deixá-lo em paz." Glória disse, "Mas já que ele está aqui, podemos fazê-lo passar por um pouco de desconforto sem machucar suas mãos ou deixar evidências, certo?"

"Glória, o que você está pensando?"

Henrique sentiu uma premonição desagradável.

"Ah, nada demais. Só me lembrei que nosso colega Roberto do instituto de pesquisa já estudou Medicina Tradicional Brasileira antes."

"Glória, você não está pensando em...?" Henrique pareceu entender o plano.

"A combinação de técnicas ocidentais e medicina tradicional brasileira pode ser muito eficaz!" Glória já tinha um plano em mente.

Ao ouvir isso, os olhos de Henrique, escondidos atrás de seus óculos com aros dourados, brilharam com astúcia: "Eu ouvi dizer que ingredientes como ginseng, angelica e astragalus têm propriedades de fortalecimento do corpo e são ótimos para fazer caldos."

Henrique falou de maneira culta e formal.

"Isso mostra como você não sabe de nada. Ingredientes como quina e até mesmo centopeias são ainda mais eficazes! Eu ouvi que são muito usados na Medicina Tradicional."

Henrique não sabia dizer sobre a eficácia, mas ele conhecia o amargor da quina.

"Você está absolutamente certa, Glória!" Henrique rapidamente concordou com ela.

"Só não conte para a querida Débora, tá?" Glória advertiu.

"Fique tranquilo." Os dois tinham um grande entendimento nesse tipo de situação.

"Então o que estamos esperando? Vamos procurar o Roberto para ele prescrever algo!"

Glória arrastou Henrique consigo.

Afonso ainda queria seu celular e computador, mas não ousava contrariar seu irmão.

E, com a cirurgia se aproximando, a presença ou ausência do celular e do computador não parecia mais tão importante.

Depois de passar as instruções, Gabriel deixou o instituto de pesquisa e, assim que entrou no carro, ligou para Felipe Brito.

A voz de Felipe soava meio sonolenta: "Irmão, você sabe que aqui é madrugada, né?"

Era meio-dia para Gabriel, mas para Felipe, que estava no exterior, era bem tarde da noite.

"Eu quero que você envie aqueles documentos que te passei."

"Irmão, chefe, por favor, nós não havíamos adiado aquilo por alguns dias? Não faz diferença esperar mais algumas horas até eu acordar, não é?"

A voz ao telefone era de lamentação e súplica.

"Faça agora." Gabriel era irredutível.

Certa vez, durante um ano, eu tomei Medicina Tradicional, na qual havia um centopeia, uma grande e inteira, de cores vermelha e preta.