Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 35

Não é de se admirar que Velho Sr. Pires tenha tido a ideia de que Sérgio parecia um homem saudável, mas na realidade era alguém que a qualquer descuido poderia morrer.

A família Pires contava apenas com ele como único herdeiro, e se ele viesse a falecer, aquela vasta família Pires estaria extinta.

É uma pena que Sérgio se interessasse por tudo, menos por mulheres.

Nesse aspecto, era puro como uma folha de papel em branco.

De fato, apenas considerando a idade, Sérgio ainda estava longe de alcançar a idade em que as pessoas começam a pressionar por casamento.

Não ter se envolvido com mulheres também era normal, até mesmo Willian nunca havia se envolvido.

Mas a situação de Sérgio era especial.

Quando ele estava na Capital, a família Pires também encontrou alguém para Sérgio, aparecendo de todas as formas possíveis diante dele, tentando chamar sua atenção.

Mas Sérgio permanecia indiferente.

O Velho Sr. Pires até declarou abertamente que, contanto que Sérgio se interessasse, a origem familiar não seria um problema, apenas deveria ser de uma família decente, com boa conduta.

"Você resolve." Sérgio lançou um olhar para Willian.

O rosto de Willian estava triste, ele sabia que o "você resolve" não significava que ele deveria conquistar uma moça, mas sim que deveria lidar com o Velho Sr. Pires.

"Sérgio, acho que vou acabar morrendo nas mãos do seu avô." Ele não poderia mentir para Sérgio, então só lhe restava ajudar a enganar o Velho Sr. Pires, que estava longe, na Capital.

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À noite, Débora estava em seu escritório quando Eduardo Araújo e Gabriel Araújo vieram ver Débora ao mesmo tempo.

Quando viu os dois chegando juntos, Débora soube que algo estava acontecendo.

"Débora, papai tem algo que gostaria de discutir com você." Eduardo franzia a testa em preocupação, evitando olhar diretamente nos olhos de Débora.

Então ela virou a cabeça e voltou a arrumar suas coisas.

Eduardo e Gabriel não esperavam que Débora reagisse dessa forma.

Eles até imaginaram que Débora poderia chorar ou fazer birra.

Mas nunca esperavam que ela aceitasse seus planos tão calmamente.

Observando Débora, que não chorava nem fazia birra, mas aceitava tudo de forma tranquila e obediente, e vendo sua pequena figura, seus corações se sentiram como se estivessem em estado de choque.

Era como se os corações de pai e filho tivessem sido atingidos com força e peso por um instrumento contundente.

"Filha, Débora... se você precisar de algo, diga ao papai, papai..." Eduardo tentou fazer algo para acalmar Débora.

Débora balançou a cabeça, seu rostinho jovem, porém sereno.