Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 444

Não demorou muito para que o galpão, previamente vazio, se enchesse com a presença de mais de uma centena de robustos seguranças.

Cada um deles possuía uma força formidável, sendo guardas-costas profissionais de elite internacional.

Tal demonstração de força impôs uma pressão esmagadora sobre o pequeno grupo de sete ou oito pessoas que havia sequestrado Débora.

Sem dúvida alguma, em um confronto direto, eles não teriam a menor chance contra esses homens.

Um homem de meia-idade desceu do carro e, com cortesia e polidez, dirigiu-se aos presentes: “Desculpem-nos, senhores, nós estávamos apenas de passagem e, sem querer, invadimos o território de vocês, causando-lhes transtorno. Isso foi um erro da nossa parte, e nós já estamos de saída. Pedimos gentilmente que nos permitam ir.”

Pois esses indivíduos já se encontravam no galpão abandonado antes da chegada deles.

Assim, o homem de meia-idade conjecturou que talvez tivessem entrado por engano em território alheio.

Contudo, após suas palavras, os seguranças não apenas permaneceram imóveis como também cercaram os dois veículos do grupo, impedindo qualquer chance de fuga.

Adicionalmente, o chão já estava coberto por chapas de metal repletas de pregos.

Era impossível para os dois carros sequer começarem a se mover.

A expressão do homem de meia-idade escureceu instantaneamente: “Amigos, não temos nenhuma desavença entre nós, isso não está certo. Originalmente, não deveríamos interferir um no caminho do outro. Se vocês partirem para a violência, a situação pode se tornar muito mais séria do que imaginam. Embora estejamos apenas em dois carros agora, o patrão que temos por trás não é alguém que vocês queiram provocar.”

Os centenas de seguranças permaneceram em silêncio.

O homem de meia-idade percebeu que essas pessoas não eram quem tomava as decisões ali.

Então, ele elevou um pouco mais a voz: “Meu amigo, nós realmente estamos apenas de passagem, não viemos causar problemas. Espero que vocês não nos façam dificuldades.”

Após o homem de meia-idade terminar de falar e esperar por um momento, os seguranças finalmente deram espaço, abrindo um caminho.

Sérgio apareceu dentre a multidão.

Vestido em roupas escuras, sua expressão não era a usualmente descompromissada e rebelde; ele parecia visivelmente abalado e com um semblante grave.

No momento em que o viu, o homem de meia-idade o reconheceu imediatamente.

Era o mesmo homem que competiu junto com Débora, alguém que eles haviam visto durante o tempo em que a seguiram.

E também por causa desse homem que eles hesitaram em agir contra Débora.

E naquela face, anteriormente pálida e delicada, agora havia uma marca vermelha de mão bastante evidente.

Débora, através da janela do carro, também viu Sérgio lá fora.

Isso era algo que ela não esperava.

Ela sabia que alguém viria, também sabia que essas pessoas não conseguiriam sair de Cidade Mar, mas ela não imaginava que Sérgio seria uma das primeiras pessoas a chegar.

Débora também notou que os lábios de Sérgio estavam de uma cor diferente do usual, puxando para o roxo.

Quando alguém sofre de isquemia cardíaca, a cor dos lábios pode se tornar arroxeada.

Ele não estava se sentindo bem, Débora podia afirmar quase com certeza.

Ele deveria ir imediatamente para o hospital.

E não ficar ali, de pé!