Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 482

"Srta. Araújo, eu realmente não tenho outra escolha, sou apenas um velho que deseja ver seu neto crescer saudável! Eu sei que vocês são bons amigos e companheiros de jogos. Se for você, talvez ele não seja tão resistente! Você é minha única esperança agora!"

O Velho Sr. Pires falou com tanta tristeza que, se não o conhecessem, poderiam pensar que ele era apenas um velho comum.

"Não vou ficar muito tempo na Capital." Débora explicou sua situação ao Velho Sr. Pires.

"Quanto tempo é 'não muito tempo'?"

"Um mês."

"Não tem problema, mesmo que seja só um mês. Talvez, uma vez que ele se acostume com você, ele não seja tão resistente com outra pessoa depois."

A experiência vem com a idade.

O Velho Sr. Pires sabia que não se pode exigir tudo de uma vez.

Tudo começa com um primeiro passo.

E depois, gradualmente, se avança.

Desde que consiga trazê-la para sua casa, o resto se ajeita.

Quanto ao que acontecerá depois desse mês... Bem, isso é algo para se pensar depois!

Nesse jogo de persuasão, Débora, diante do Velho Sr. Pires, era como um pintinho recém-nascido contra um falcão que voou pelos campos por anos, totalmente dominada.

"Bem... ok." Débora concordou.

"Ótimo, ótimo, então vamos fazer a mudança agora!" O Velho Sr. Pires não deixou espaço algum para Débora reconsiderar.

Ele agiu imediatamente, organizando tudo para Débora.

"Vou designar algumas guarda-costas para você. Elas podem ajudar com a mudança, você não deve carregar nada! É cansativo."

O Velho Sr. Pires saiu hoje especialmente com guarda-costas femininas pensando em Débora.

Os pertences de uma garota, claro, não deveriam ser manuseados por homens.

Além disso, ele estava considerando Débora como a futura esposa de seu neto; como ele poderia permitir que outros homens tocassem suas coisas? Isso definitivamente não era aceitável.

Nem seu neto ficaria feliz, nem ele aprovaria.

Débora realmente não tinha muita coisa para mover.

Ela mal tinha bagagem.

Então ele viu uma pequena figura na cozinha.

Sérgio congelou.

Sentiu como se estivesse em um sonho irreal.

Débora, ouvindo o som na entrada, virou-se para olhá-lo.

Eles se olharam por um bom tempo, até Sérgio perceber que era uma cena real.

"Como você veio parar aqui?"

Sérgio se aproximou, notando a variedade de comidas já dispostas na mesa.

Débora apontou para um documento sobre a mesa, dizendo: "Assine."

Sérgio hesitou, assinar?

O que ela queria que ele assinasse?

Ele caminhou até a mesa, pegou o documento e começou a ler.