Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 483

Era um documento de contratação.

Tratava-se de sua contratação de Débora como médica da família.

"Você..." Sérgio estava um pouco perdido sobre como descrever seus sentimentos naquele momento.

"Como teve essa ideia de repente?"

"Seu avô me procurou para ser sua médica pessoal." Débora não mentiria.

Sérgio imediatamente entendeu; a história do pingente não deve ter escapado aos olhos do Velho Senhor.

"E você... aceita?" Sérgio perguntou.

Havia um cuidado na voz de Sérgio ao fazer essa pergunta.

"Sim, aceitei porque quis." Débora respondeu.

Velho Sr. Pires não a forçou.

A proposta foi dele, mas a decisão de aceitar foi de Débora.

Sérgio sorriu.

Talvez não fosse muito ético da parte de seu avô fazer isso.

Mas ele realmente não desgostava desse arranjo.

Talvez fosse um pouco baixo... mas ele sempre foi uma pessoa assim.

Enquanto Débora respondia à pergunta de Sérgio, o último prato estava pronto.

"Vamos jantar."

Ela tinha calculado o tempo de retorno dele para preparar a refeição.

Uma mesa cheia de pratos deliciosos, com nutrição equilibrada, predominância de vegetais, leve e não gordurosa.

Débora aceitou ser a médica pessoal de Sérgio, o que incluía cuidar de seu bem-estar diário.

"Não precisa cozinhar amanhã." Sérgio disse.

"Não gostou?" Débora olhou para ele, seus olhos cheios de expectativa.

Sob esse olhar, mesmo que não estivesse bom, Sérgio não conseguiria dizer.

Nem precisa dizer que estava delicioso.

"Não é isso." Sérgio franzia a testa olhando para as pequenas mãos de Débora, sempre achava que ela parecia ter dificuldades em manusear facas e panelas com seu pequeno corpo.

Mesmo que a mesa fosse simples, parecia pesada demais para Débora!

"Para trabalharmos juntos." Débora também precisava de uma mesa para trabalhar.

"Ahem..." Sérgio de repente tossiu forte, "Você não precisa mover a mesa sozinha, que força você tem para isso? Movendo mesas!"

Débora o olhou com um olhar de protesto, como se estivesse desafiando Sérgio por dizer que ela não tinha força.

Sérgio estava tanto irritado quanto achando graça, "Amanhã eu mando alguém vir aqui rearranjar o escritório. Por hoje, você vai ter que dividir comigo."

A mesa de Sérgio era grande, na verdade, grande o suficiente para ambos.

O espaço por pessoa era muito maior que o de uma carteira escolar.

Sérgio arrumou uma cadeira para Débora e ainda colocou um almofadão para ela se sentar mais confortavelmente.

Depois de ajustar tudo, pediu que Débora se sentasse.

Eles ficaram sentados frente a frente, sem conseguir ver o que o outro estava fazendo.

Mas Sérgio só precisava levantar a cabeça para ver Débora trabalhando seriamente à sua frente.

Velho Sr. Pires: Eu deveria ter sabido que todos os outros quartos deveriam ter sido esvaziados.