Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1158

"Sem Salete, eu não quero mais viver..." A Ofélia estava desolada, chorando copiosamente.

Reginaldo também expressou sua dor, "Pais enterrando seus filhos, pais enterrando seus filhos..."

"Vamos manter a calma," disse Isabella, finalmente conseguindo falar.

Até aquele momento, todos falavam ao mesmo tempo, sem dar espaço para que ela se expressasse.

"Escutem, a situação da Salete é muito grave, vamos transferi-la para a UTI agora."

As lágrimas de Maria do Carmo pararam nos seus olhos, "Você está dizendo... ela está viva?"

"Sim." Isabella disse suavemente, "Mas a situação não é otimista, os familiares precisam se preparar psicologicamente."

"Não, por favor, Isabella, você tem que salvá-la, ela não pode morrer, a Família Campos só tem uma filha, eu te imploro de joelhos se for preciso, Isabella, você tem que salvá-la, mesmo que isso custe minha vida, eu estou te implorando."

A Ofélia se ajoelhou diante de Isabella, chorando e batendo a cabeça no chão."Tia, por favor, levante-se." Isabella apressadamente estendeu a mão para ajudá-la.

Reginaldo também se ajoelhou, suplicando.

"O Sr. Reginaldo está pedindo, faça o que for necessário para salvá-la, farei qualquer coisa!!"

"Por favor, parem..." A médica ao lado falou com resignação, "A Dra. Isabella fez tudo o que pôde, mas os ferimentos da paciente são muito graves... Agindo assim, vocês só tornam as coisas mais difíceis para a Dra. Isabella."

"Isabella, você não é uma médica milagrosa?" A Sra. levantou a cabeça, chorando e perguntando a Isabella, "Você não conseguiu salvar até mesmo o Sr. Stefano, que tinha uma condição tão complicada? Você pode salvar a minha filha, não pode? Se você curar a Salete, faça suas exigências, mesmo que seja minha vida, eu dou."

A Ofélia parecia ver uma luz no fim do túnel, segurando firmemente a mão de Isabella, "Enquanto ela tiver um sopro de vida, enquanto ela puder me chamar de mãe, eu estarei satisfeita! Isabella, por favor, deixe-a viver! Enquanto ela estiver neste mundo, ainda teremos esperança..."

"Isso mesmo, mesmo que leve anos para ouvi-la chamar-me de pai novamente, não importa, contanto que ela mantenha a vida..." As lágrimas de Reginaldo também eram intensas, "Mesmo que eu tenha que cuidar dela até a minha morte, quando não puder mais, eu vou garantir que ela seja cuidada por outros!"

"Tio e tia, o que eu quero dizer com 'cuidar' pode não ser o mesmo que o que vocês entendem." Isabella estava um pouco relutante, mas acabou sendo honesta.

"Mesmo que ela sobreviva, ela não poderá mais controlar seus braços e pernas; se a condição piorar, talvez seja necessária uma amputação... Dada a situação atual dela, é muito provável que ela precise de uma bolsa de urina para o resto da vida... Ela não poderá se mover sem uma cadeira de rodas, precisará ser alimentada, e isso será um grande golpe para ela..."

Sr. E Ofélia ficaram completamente atônitos, não esperavam que, após a filha ter resistido, ainda haveria um desafio tão grande pela frente!

"Mesmo que ela supere isso, ela pode não se recuperar completamente?" A Ofélia perguntou com a voz tremendo.