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Rodolfo sentiu pela primeira vez o olhar de reprovação do seu filho. O garoto, que geralmente era tímido e medroso, mal falava alto perto de Rodolfo. Agora, com Nina machucada, Eron estava claramente ressentido.
Isso deixou Rodolfo com um gosto amargo na boca.
Ao ver o ferimento na perna de Nina, ele sentiu um frio na espinha, arrependendo-se de ter sido tão duro. Mas, lembrando da teimosia dela, seu coração se encheu de irritação novamente.
Deixa pra lá.
Pelo filho.
"De agora em diante, papai será mais cuidadoso" - prometeu Rodolfo a Eron.
Eron fez uma cara feia: "O papai vai parar de machucar a Dra. Monteiro?".
Rodolfo ficou sem palavras.
O olhar de Eron ficou ainda mais reprovador.
Depois de olhar para Nina pensativamente por um longo tempo, Rodolfo garantiu a Eron, muito sério: "Isso não vai acontecer de novo."
"Então, por enquanto, eu te perdoo" - murmurou Eron, quase inaudivelmente.
Rodolfo suspirou aliviado, feliz por ter acalmado seu precioso filho.
Mas antes que Rodolfo pudesse se alegrar por mais alguns segundos, Eron voltou a fazer cara feia e disse: "Mas a Dra. Monteiro está machucada, e desculpas não são suficientes. Você precisa cuidar da Dra. Monteiro."
Rodolfo travou.
Ele cuidar de Nina?
Nina também estava chocada.
Ambos se olharam, sabendo a verdade.
Embora estivessem casados há dois anos, Rodolfo sempre foi frio com Nina. Depois que ela engravidou, ele quase não voltava para casa, deixando que Nina se ocupasse sozinha de todas as consultas pré-natais.
Rodolfo nunca a amou, muito menos se importou com ela.
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