Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 610

No outro lado da linha não havia som algum.

Apenas podiam-se ouvir vagamente passos que se afastavam e o som das folhas sendo arrastadas pelo vento no chão.

Pelo que Nina tinha dito há pouco, ela deveria estar chegando em casa. Rodolfo ligou para Elio Monteiro, e em pouco tempo a ligação foi atendida.

"Papai?" A voz de Elio era cautelosa.

Rodolfo perguntou: "Sua mãe já chegou em casa?"

Elio respondeu: "Não, mamãe não está em casa."

"Quem está aí com você?" Rodolfo indagou.

Elio disse: "Eu, meu irmão, minha irmã e o tio."

"Peça ao seu tio para verificar lá fora." A voz de Rodolfo era séria.

Elio, sem entender o que estava acontecendo, fez o que lhe foi pedido e, ao abrir a porta, encontrou um celular caído no chão.

"Como o celular da mamãe veio parar aqui?"

Elio estava muito surpreso. Olhando ao redor, não viu nada além do celular caído, e Nina não estava em lugar algum.

Elio disse: "Que estranho, cadê a mamãe?"

Eron também saiu correndo, murmurando: "Onde mamãe foi?"

Alci: "Mamãe foi levada por bandidos?"

Rodolfo: "…"

No fundo, Rodolfo já tinha uma ideia do que estava acontecendo. O incidente com Nina certamente tinha ligação com a Família Fernandes. Ele disse a Elio: "Voltem para dentro. Mais tarde eu trarei sua mãe de volta."

Após desligar, Rodolfo, tentando controlar sua raiva, entrou no carro e disse ao motorista: "Vamos até a Família Fernandes."

O carro partiu em alta velocidade, sem que se percebesse quanto tempo havia passado...

Nina, com as mãos amarradas e os olhos vendados, foi despertando lentamente, confusa por estar amarrada, mas logo se acalmou.

Ela não sabia para onde estava sendo levada, mas pelo instinto, adivinhou que seu destino final deveria ser um cais, pois podia ouvir o som de buzinas de navios.

Após sair do carro, Nina foi guiada por um bom trecho, em ziguezague, até ser empurrada para dentro de um armazém.

"Chefe, trouxemos a pessoa." Uma voz rouca veio de trás de Nina.

O homem respondeu indiferentemente: "Podem sair."

Os que a escoltaram se retiraram, fechando a porta atrás de si.

Gabriela ficou pálida de raiva e vergonha: "Você está à beira da morte e ainda tem coragem de defender Stella. Melhor pensar em como salvar a própria pele!"

Nina sorriu, sem dizer uma palavra, e ao ver uma cadeira vazia ao lado, caminhou até ela e sentou-se, cruzando as pernas com um ar de despreocupação. "Vocês, tendo investigado sobre mim, deveriam saber quem eu sou. Não poderei voltar para casa esta noite, e amanhã o centro de pesquisa receberá a notícia."

Gabriela ficou com uma expressão feia. Ela sabia que Nina tinha sua importância e que um desaparecimento repentino dela certamente causaria um grande alvoroço.

Foi então que Hugo falou: "Se não estou enganado, você já entregou seu pedido de demissão. Se você desaparecer, eles vão apenas pensar que você foi para o exterior."

Os olhos de Nina se encheram de um frio glacial.

Hugo continuou: "Stella precisa morrer, você não deveria ter salvado ela."

"O ataque no hospital hoje, foi você quem organizou, não foi?" Nina o confrontou.

Hugo respondeu: "Isso não tem nada a ver comigo."

"Dom é um acadêmico de proteção internacional, atacado na Cidade Liberdade. Falar em grande escala, a Família Fernandes talvez não consiga lidar com isso facilmente. Você é ousado, até mesmo se atreve a me atacar," Nina disse sarcasticamente.

Hugo retorquiu: "A pessoa que atacou Dom foi Ovídio, o que a Família Fernandes tem a ver com isso? Quanto a você, como eu disse, você já renunciou. Mesmo que desapareça deste mundo, ninguém se importará."

"Como você sabe que ninguém se importaria comigo?" Nina rebateu.

Hugo respondeu: "Atualmente, a única pessoa que poderia se importar com você é Rodolfo, e ele está ocupado cuidando da Stella, que está gravemente doente e em coma, sem tempo para se preocupar com o seu bem-estar."