Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 121

A antiga casa ficava perto da Casa Deliciosa, e pegar um táxi até lá levava apenas dez minutos. Selena desceu na esquina da rua da Casa Deliciosa. Já passava do horário de almoço, então as barracas de comida tinham fechado, e a rua, antes agitada, agora estava tranquila, com folhas de outono caídas e a calma típica da cidade. Ela caminhava devagar, apreciando a serenidade daquela tarde.

Um homem alto, visivelmente embriagado, caminhava cambaleante. Selena inicialmente não deu atenção, mas quando ele se aproximou, de repente se inclinou em sua direção.

"Ei, linda, quer tomar um, um drink?" ele disse, dando uma risada.

Selena franziu a testa e tentou desviar, continuando seu caminho.

"Não vá embora, dá uma chance."

O homem bêbado bloqueou seu caminho novamente, tentando agarrá-la.

"Fica comigo, eu te pago."

Ele deu uma batida no bolso da calça ao falar isso.

Selena apertou o casaco ao redor de si e tentou sair rapidamente. O homem continuou a segui-la, e quando ela estava prestes a chamar a polícia, ouviu um grito de dor. Ela se virou e viu o homem caído no chão, derrubado por Arnaldo Santos.

"Porra, bebeu demais e esqueceu como ser gente, né? Se eu te ver de novo no mercado, te arrebento de novo!" Arnaldo disse, dando mais um chute no homem caído.

O homem reconheceu Arnaldo e imediatamente implorou por misericórdia, prometendo nunca mais repetir aquilo. Arnaldo bufou, acendeu um cigarro e caminhou em direção à Casa Deliciosa sem olhar para Selena, como se não tivesse feito aquilo por ela, mas apenas porque não tolerava injustiças.

"Arnaldo, obrigada." Selena disse, dando alguns passos rápidos para alcançá-lo.

Arnaldo não respondeu, continuando a caminhar rapidamente. Era a segunda vez que se encontravam e, desde a primeira, ele parecia detestá-la. Mas ela nunca tinha feito nada para ofendê-lo. Por quê?

O andar de baixo estava todo engordurado, então Dona Juliana levou Selena para o segundo andar. Ao abrir a porta da escada do segundo andar, revelaram-se três quartos limpos e iluminados.

"Cadê o Zack?" Selena perguntou.

Dona Juliana serviu um copo de água quente para Selena. "Minha sogra veio da roça, e ela levou o Zack para brincar no pequeno parque em frente à Universidade Solarna."

"Então você está mais tranquila."

"Pois é, finalmente não preciso mais carregar criança enquanto sirvo pratos aos clientes." Ao dizer isso, Dona Juliana lembrou do caso do Arnaldo. "Minha sogra encontrou uma conterrânea aqui, que vende legumes na feira ali na frente. Ela tem uma filha, que é professora, e tem a mesma idade do Arnaldo, 32 anos. Minha sogra sugeriu apresentar os dois, disse que podiam pelo menos se encontrar ou trocar mensagens pelo WhatsApp, mas o Arnaldo não quer de jeito nenhum. Ele diz que o que mais teme na vida são professoras."

Selena soltou uma risada, "Então, quando ele estava na escola, deve ter sido um daqueles alunos levados que os professores adoravam dar atenção especial."