Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 636

Lúcio havia acabado de tomar um gole do caldo quando quase cuspiu tudo ao ouvir aquilo.

“Você, você quer dizer que está bancando ele?”

“Exatamente!”

Elisa, ao ouvir isso, começou a observar Selena. Embora a roupa não fosse tão extravagante, certamente não era barata. Especialmente a bolsa ao lado dela, de uma marca de luxo, que custava uma fortuna.

Pelo jeito, Selena realmente parecia uma mulher de posses.

“Eu não gosto de dividir com ninguém, então é melhor você pegar esse dinheiro e se afastar dele.”

Elisa fechou os lábios por um instante. “E se eu não quiser?”

Selena pegou o cartão. “Então você não vai ganhar nada.”

Quando estava prestes a puxar o cartão de volta, Elisa rapidamente o agarrou.

“Felipe, essa moça é muito boa para você. Cuide bem dela. Vou aceitar esses dois milhões e esquecer de você. Que cada um siga seu caminho.”

Dizendo isso, Elisa pegou o cartão e saiu correndo.

Lúcio balançou a cabeça sem acreditar. “Essa mulher é esperta.”

“Então você e ela?”

“Nada aconteceu. Ela só ficou grudada em mim porque, quando tentaram machucá-la, eu a defendi. Além disso, eu a ajudei porque ela já tinha me salvado antes.”

Selena confiava nas palavras de Lúcio e sabia que Elisa também tinha sua parcela de dificuldades.

“Já comeu o suficiente? Vou te levar a um lugar.”

A moqueca estava deliciosa, mas Selena só conseguiu comer metade. Lúcio terminou o resto para ela.

Quando estavam saindo, um jovem seguiu-os.

“Sr. Felipe, quando vai me levar para ganhar dinheiro de verdade? Não quero mais aprender a ser chefe de cozinha aqui.”

O que Selena não esperava era que Lúcio a levasse para o prédio ao lado, onde mulheres com roupas provocantes entravam e saíam, e os corredores eram escuros e apertados, com salões de beleza em cada andar.

Eles subiram até o topo, onde havia um pequeno sótão.

Lúcio a levou até lá, abriu a porta velha e apontou para dentro. “Nos últimos dois anos, morei aqui.”

O sótão era improvisado, feito de placas de plástico, frio no inverno e quente no verão. Selena olhou para dentro e ficou surpresa ao ver que era limpo e arrumado.

“O aluguel aqui é duzentos por mês, barato, né?”

Selena entrou. “Você não é o Sr. Felipe?”

“Sr. Felipe não é nada. Eu também acreditava nas promessas deles.”

O espaço tinha apenas um cômodo, com uma cama de solteiro perto da janela, um velho sofá e uma mesa de centro.

Sentando-se na cama, Selena acidentalmente chutou algo. Curiosa, agachou-se e puxou uma caixa de papelão de debaixo da cama, cheia de pequenos balões.