Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 706

"Fiquem tranquilos, não vamos machucar vocês. Só estamos aqui porque alguém nos pagou para levar vocês até ele." Um dos homens ao lado falou.

Geovana respirou fundo. "Quanto ele ofereceu? Pagamos o dobro."

"Mesmo que você ofereça dez, cem vezes mais, não vamos soltar vocês. Não somos burros de arranjar problema desse tamanho."

"Quem é ele?"

"Vocês vão descobrir quando chegarem lá."

Geovana franziu a testa, tentando adivinhar quem poderia ser. Sinceramente, ela tinha feito muitos inimigos no mundo dos negócios. Afinal, ali era sempre uma disputa de interesses, impossível não arranjar desafeto, ainda mais com seu jeito direto.

Mas será que alguém teria coragem de sequestrá-la?

Ela se esforçou para se acalmar e, aproveitando um descuido, tentou pegar o celular discretamente. Mas mal o ligou, um dos homens arrancou o aparelho de sua mão.

"Fica quieta, você não quer apanhar, né?"

Agora, sem o celular, não tinha nem como pedir ajuda.

Uma hora depois, elas foram levadas, amarradas, para um galpão caindo aos pedaços num antigo polo industrial. Os três homens prenderam as duas a uma pilastra de ferro, tiraram uma foto e foram embora.

Pouco tempo depois, finalmente apareceu quem tinha mandado sequestrá-las.

"É você!" Isadora arregalou os olhos. "Gregório Gomes, você enlouqueceu? Me solta agora!"

O homem era Gregório. Geovana só sabia que ele tinha sido noivo de Isadora, mas por algum motivo terminaram e o casamento foi cancelado.

Ela achava que fosse algum inimigo seu. Nunca imaginaria que era alguém do passado de Isadora.

Gregório entrou vestindo um terno branco, cabelo penteado impecável, mãos nos bolsos. Se aproximou de Isadora, agachou na frente dela, um sorriso frio nos olhos, e de repente a agarrou pelo pescoço.

Geovana apertou os lábios. Claro que não achava, mas agora só podia ganhar tempo. Talvez alguém aparecesse para ajudá-las.

"Te dou um milhão."

Gregório riu.

"Não conto pra ninguém da Família Ortega, nem pra polícia. Só tenho uma condição: você solta a gente e some da vida da Isadora."

"Um milhão não vale nada. Só vou me sentir melhor quando ela estiver morta!"

"Quanto você quer então?"

"Não quero dinheiro. Quero vocês mortas!"