Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 707

Geovana ficou ainda mais nervosa ao ver Gregório exaltado, mas foi nesse momento que Raul entrou correndo.

"Isadora, sai pra lá, sua louca!"

Gregório rangeu os dentes, mas, no instante seguinte, Raul agarrou seus cabelos pela nuca e o arrastou com força para o chão.

"Seu desgraçado, teve coragem de mexer com a minha irmã? Vou te arrebentar!"

Assim que Gregório caiu, Raul começou a socá-lo e chutá-lo sem piedade.

Geovana logo olhou para Isadora e, ao vê-la tossindo forte mas sem ferimentos graves, finalmente se sentiu aliviada.

Enquanto Raul dava uma lição em Gregório, as duas rapidamente se ajudaram e conseguiram soltar as cordas dos seus pulsos.

Assim que se livrou das amarras, Isadora pegou um pedaço de pau e foi pra cima, batendo em Gregório com raiva.

"Canalha! Você tentou me enforcar? Pois agora quem vai te bater sou eu! Você fica jogando a culpa em mim pelos seus fracassos, mas não vai se dar bem nunca, ouviu?"

Isadora, com toda força, não demorou muito para deixar Gregório caído, sem conseguir levantar.

Quando percebeu que ela ainda não estava satisfeita e queria continuar, Raul a segurou.

"Chega, já chamei a polícia! Eles estão chegando!"

Ele então se aproximou de Geovana e, vendo que ela não estava machucada, ficou tranquilo.

"Ficou assustada?"

Geovana soltou um riso debochado. "Olha pra mim, pareço alguém que se assusta fácil?"

Raul olhou para ela com um sorriso. Outras mulheres, numa situação dessas, estariam em pânico, mas ele tinha ouvido Geovana lá fora, negociando com frieza, sem demonstrar medo algum.

Logo a polícia chegou e levou Gregório preso. Só então os três puderam sair dali.

Como Raul tinha deixado o carro longe para não chamar atenção da turma de Gregório, tiveram que ir a pé. Isadora não tinha problemas, mas Geovana tinha acabado de tirar o gesso e a perna ainda não podia forçar muito.

"Eu te carrego!" Raul se agachou na frente de Geovana, oferecendo as costas.

Geovana tossiu de leve. "Não precisa, eu consigo andar."

"Pensa bem: se você machucar a perna de novo, vai ter que voltar pro hospital. E o pior, não vai poder ir pra obra."

Ao ouvir isso, Geovana rapidamente subiu nas costas de Raul. O canteiro de obras era tudo pra ela, só ficava tranquila vigiando tudo de perto.

Os dois trocaram farpas e o clima foi ficando mais leve.

Quando chegaram em casa, ninguém sabia do que tinham acabado de passar. Catarina ainda estava reclamando que Raul vivia ocupado e nunca jantava em casa.

"Então, vocês vão dormir aqui hoje, né?" Catarina perguntou, olhando de Raul para Geovana.

Já era tarde. Raul respondeu por Geovana: "Vamos sim, hoje a gente fica."

Catarina abriu um sorriso. "Você ainda não jantou, né? Guardei uma canja só pra você."

"Já comi, tia."

"Mas vai tomar um pouco do meu caldo, fiquei horas cozinhando."

Raul só pôde concordar. "Tá bom, tá bom."

Geovana subiu, tomou banho e, quando saiu, Raul entrou no quarto.

"Nem pensa que vai dormir aqui também, hein?"